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A produção de veículos no País caiu 3,9% em abril, quando comparada a igual período de 2022, em resultado que reflete os ajustes feitos pelas montadoras diante das vendas abaixo das expectativas neste ano.
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Diante dos juros altos, crédito restrito e alto endividamento das famílias, fatores que reduziram o acesso a automóveis que também ficaram mais caros nos últimos anos, o consumo de carros vem frustrando o setor. Nos últimos sete anos, quando se considera apenas resultados de abril, a produção do mês passado só supera a de abril de 2020, quando a indústria parou com a chegada da pandemia.
Na comparação com igual período de 2022, a produção teve aumento de 4,8% nos quatro primeiros meses deste ano, quando somou 714,9 mil veículos na soma de todas as categorias. A indústria, porém, esperava números melhores com o fornecimento mais regular de componentes eletrônicos, cuja escassez foi responsável por parar linhas nos últimos dois anos.
Fábrica da Volkswagen Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO
Frente a março, o calendário mais curto de abril explica a queda de 19,2% das vendas. Na média, o mercado se manteve em ritmo diário abaixo de 9 mil veículos no mês passado.
O balanço da Anfavea mostra ainda queda de 24,1% das exportações no comparativo de abril com igual mês do ano passado. Os embarques, de 34 mil veículos no mês passado, caíram 23,9% contra março. No acumulado dos quatro primeiros meses do ano, as exportações mostraram recuo de 4,3%, somando 146,3 mil unidades. Segundo o levantamento da entidade, 13 vagas de trabalho foram fechadas em abril nas montadoras, que agora empregam 101,6 mil pessoas.