Pol Espargaró explica importância do travão traseiro nas MotoGP atuais
Questionado sobre se o maior uso do travão traseiro é uma característica que mudou no MotoGP e outros fabricantes também terão de aprender a proporcionar, o #44 retorquiu: ‘Sim, acho decididamente que com todas as asas e todo este conjunto o que ganhas é a moto muito mais em baixo, a tocar no solo. Ao fazer isso, com a força na aceleração e na travagem, a moto está muito mais no solo. […]. Se virem a Yamaha ou a Ducati, que é mestre da aerodinâmica, a moto não está a mover sequer um pouco. Penso que, deixando a moto super em baixo nas travagens e nas acelerações, a traseira da moto está a funcionar muito mais e especialmente para parar podes usar muito mais o travão traseiro e o travão motor como eficiência de paragem’.
Indagado para explicar o processo de travagem que precisa de usar, Espargaró afirmou: ‘Quando começas a travar, não podes carregar a fundo no travão da frente imediatamente porque, de contrário, a dianteira fica alta e então move-se. Por isso, o primeiro toque precisa de ser suave e depois aumentas a pressão do travão dianteiro. Aí, é quando o travão motor está a funcionar e então não precisas de usar tanto o travão traseiro porque o travão motor e o travão traseiro lutam um contra o outro. Mas assim que te inclinas dentro da curva, se mantiveres um travão motor muito alto, o pneu muda muito durante a corrida, por isso se mantiveres o mesmo travão motor com o pneu novo e com o pneu antigo, então depois de algumas voltas estás longe. A questão é que essa parte da curva, da entrada até ao meio da curva em que libertas tudo, o piloto precisa de jogar com o travão traseiro’.