Pit Beirer alerta para inovações técnicas no MotoGP: ‘Não é bom para o desporto, temos de ter cuidado com este rumo’
O diretor desportivo da KTM no mundial, Pit Beirer, comentou a posição da KTM, que é desfavorável à chegada de mais inovações tecnológicas e explicou porquê, elegendo o aumento dos custos e a perda de qualidade do espetáculo devido às dificuldades acrescidas para os pilotos como motivos para defender o fim de mais novidades técnicas no desenvolvimento dos protótipos, citado no Moto Rider World:
– Não é segredo nenhum que temos sido muito críticos em relação à introdução de algumas novidades em termos aerodinâmicos e de desenvolvimento. A nossa opinião e a de que isso não é bom para o nosso desporto. Sentimos que estas motos já são…desde os motores, aos chassis, às suspensões….quer dizer, as motos de MotoGP já são autênticas obras de arte. É claro que podemos continuar a adicionar componentes de alto nível técnico mas temos de ter cuidado para os custos com o desenvolvimento não dispararem e temos de assegurar que isso não prejudica o espetáculo e o torna mais difícil. Ao final do dia temos de ter a capacidade de atrair muito público. E o público quer ver batalhas em pista entre os pilotos, não querem que as corridas sejam decididas nos bastidores por causa de componentens eletrónicos. Acho que as motos já são tão boas agora que tudo o que trouxermos agora, seja a possibilidade travar mais tarde, ou de curvar com mais velocidade mas depois como é que conseguem fazer ultrapassagens? Há certas coisas que estão a tornar a pilotagem mais difícil para os pilotos. Acho que estamos a chegar a uma zona perigosa. Por outro lado estamos muito satisfeitos com as regras acerca do desenvolvimento da moto, pelo que estamos preparados para a nova temporada e demos grandes passos no desenvolvimento aerodinâmico. Os nossos dispositivos de regulação de altura estão todos a funcionar bem, estamos preparados. Gostamos de ter este tipo de desafios técnicos mas simplesmemte creio que temos de ter cuidado com o rumo a seguir para o futuro.
