A Indy permitiu que as equipes adicionassem mais 10% de downforce em seus carros para as 500 Milhas de Indianápolis 2023, que teve início nesta semana com os treinos livres e seguirá até 28 de maio, quando será promovida a corrida. A intenção da categoria é potencializar o desempenho do pacote aerodinâmico, já que foi afetado pela adoção do aeroscreen em 2020. Isso levaria a provas com maior número de ultrapassagens — ou, pelo menos, uma performance constante dos bólidos.
Entre os mecanismos adotados que permitem o aumento do downforce estão novos bargeboards (estruturas laterais), pequenos flaps debaixo das asas adicionais e um novo pilar do plano principal da asa traseira. As medidas foram testadas no GP do Texas, realizado em abril, e receberam elogios por parte dos pilotos e dos espectadores. Porém, em Indianápolis, cuja pista é mais estreita e plana, o pacote aerodinâmico não vem rendendo como o esperado.
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Pato O’Ward no TL4 da Indy 500 nesta quinta-feira (18). Piloto mexicano fez crítica contundente ao pacote aerodinâmico (Foto: Indy)
Conor Daly e Simon Pagenaud que correm pela Carpenter e Meyer Shank, respectivamente — ambas equipes modestas no grid da Indy —, reforçaram as reclamações do mexicano. O americano contou que, “não importa o carro, é raro ver pilotos melhorando as suas posições, a menos que os concorrentes deixem passar”. Por sua vez, o francês detalhou as dificuldades para ultrapassar, embora também tenha elogiado a intenção da categoria.
“Sinto que temos uma boa variedade de níveis de downforce e peças que podemos usar para fazer o carro se comportar de uma certa maneira. A Indy nos permitiu ter uma chave maior e sinto que isso é melhor para correr. Mas isso não exclui o fato de que quando você está em quinto na fila, como Conor [Daly] disse, ainda é muito difícil”, ponderou Pagenaud.
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Simon Pagenaud, da modesta Meyer Shank, detalhou as dificuldades para ultrapassar (Foto: Indy)
“O carro que está à frente está arrastando, indo na mesma velocidade que você. Ainda que você esteja bem, não quer dizer que você vai conseguir ultrapassar. Seguirá sendo o primeiro, o segundo intercalando [as posições] a cada volta, assim como acontecia antes. Mas temos um alcance melhor para trabalhar, e isso é bom”, finalizou.
Os problemas com o pacote aerodinâmico não devem atrapalhar os pilotos na classificação, já que farão os seus tempos sozinhos na pista. A definição do grid deve acontecer neste fim de semana, com a prova geral marcada para as 12h deste sábado (20). Por sua vez, a corrida tende a expor as reclamações dos pilotos e está agendada para o dia 28, às 13h30. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades.
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