SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Desde 1997, na primeira vez que tocou no Brasil, o Offspring já se apresentou no país em mais de 30 ocasiões. A noite desta sexta (22), no primeiro dia da edição de 2024 do Lollapalooza Brasil, certamente foi uma das mais especiais.
Isso porque a banda tocou antes do Blink-182, contemporâneos de punk dos anos 1990. Assim, a plateia no palco Budweiser estava recheada de fãs tanto do grupo headliner quanto da atração anterior.
“Acho que estou sonhando, Dex, não é real”, provocou o guitarrista, Noodles. O cantor respondeu que “eles [a plateia] não ligam que está chovendo, e eu não ligo, está deixando melhor”.
De fato, a multidão além de abarrotada estava pulando e cantando junto do arsenal de hits da banda californiana. Formado nos anos 1980, o Offspring estourou na duas décadas seguintes, com um punk mais pop que seus contemporâneos.
Noodles e Dexter brincaram com os exageros que artistas dizem no calor do palco. Afirmaram que este era o melhor show de suas vidas, e que também era o show de música mais importante de todos. Logo em seguida, pediram que a plateia gritasse sonoros “fuck you” -ou “foda-se”.
No palco do Lollapalooza, o Offspring foi uma mistura disso tudo com os acordes e bateria acelerados, que flertam com o hardcore, e os refrões que marcaram uma geração. A setlist foi inteira dedicada aos sucessos da fase áurea da banda.
Foram de “Why Don’t You Get a Job?” a “You’re Gonna Go Far, Kid”, passando por “(Can’t Get My) Head Around You”, “Pretty Fly (for a White Guy)”, “The Kids Aren’t Alright” e “Self Esteem”. Esta última, sobre falta de autoestima do ponto de vista masculino, foi uma das mais celebradas.