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Novo Senna? Revelação do automobilismo brasileiro se parece com o ídolo e revela planos para a carreira nas pistas

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Foi influenciado pelo avô, Josimar Tesser, que o piloto João Tesser quis trocar o jaleco pelo volante. Com traços físicos que lembram muito o ídolo Ayrton Senna, o garoto, de 22 anos, pilota na Fórmula 4  brasileira desde o ano passado. A categoria, licenciada pela FIA, é uma espécie de ‘base’ para chegar à ‘Fórmula 1’.

Até os 18 anos, João queria ser médico. Não existia influência alguma na decisão. Sem profissionais da área na saúde próximos à família, o interesse pelo ofício surgiu nas aulas de biologia do Ensino Médio.

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João Tesser estava matriculado em um cursinho pré-vestibular, quando teve uma experiência com kart que mudaria a sua vida.

Quando pequeno, por volta dos oito anos, uma volta simples não o agradou. Assim, a profissão de piloto sempre esteve longe das suas opções. No entanto, a proximidade do avô, filho de um dos mecânicos que trabalharam nas mil milhas brasileiras, reaproximou Tesser do automobilismo. Dez anos depois, o neto do ‘Seo Josi’ voltou a experimentar a adrenalina das pistas para nunca mais parar.

– A primeira vez que eu andei foi há oito anos, mas dei duas voltas de cadete e detestei. Depois, com 18, que eu voltei. Eu sempre gostei de biologia na escola, a gente estudava genética, isso, aquilo, e eu comecei a desenvolver interesse por medicina. A bem dizer, era o que estava decidido na minha cabeça. Aí eu andei de kart, senti a adrenalina, e achei que teria uma vida muito parada sendo médico. Era bem divertido, e tals, mas esse (automobilismo) era o meu mundo – disse João em entrevista exclusiva ao Lance!.

Além da influência, João Tesser também precisou da ajuda do avô para convencer os pais que gostaria de seguir a carreira nas pistas. Josimar desenhou o layout do carro do neto e viu os primeiros passos do profissional no mundo da velocidade.

– A família toda sempre gostou bastante, meu avô, meu bisa, mas a paixão surgiu quando eu tive a curiosidade de andar de kart. Eu andei de kart indoor e gostei bastante. Isso já é mais velho, eu tinha 18 anos, foi no ano que eu comecei a correr. Pedi para o meu avô, meu pai, se eu poderia ter um kart mais rápido, profissional. Eles me deram uma oportunidade, depois de eu insistir um pouco, e comecei a treinar, correr. Gostei bastante que decidi seguir como carreira – contou Tesser.

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ORGULHO DO AVÔ

Para Josimar, ter um neto piloto é significa realização. Desde cedo acompanhando o seu pai nas pistas, ele é levado ao passado quando pensa no presente.

– Meu avô, pai do meu pai, teve uma empresa muito famosa nos anos 40, 50, que vendia para as montadoras no Brasil, fazia os para-choques, os aros de faro, era até referência. Meu pai me levava para Interlagos. Ele participava das mil milhas brasileiras, nos anos 60. Ele era muito amigo do Chico Landi, que foi um dos corredores brasileiros a ter notoriedade lá fora – revelou Josi à reportagem.

Mesmo sendo avô coruja, Josimar é exigente com os cuidados de João para manter o condicionamento físico e responsabilidades na carreira, pois muitas condições técnicas que podem alçar o seu neto a um destaque cada vez maior no automobilismo.

– Tem grande futuro. Tá se dedicando bem agora, focado, fazendo os treinamentos certo, que tem que fazer. Tá comendo certinho, mantendo o peso, concentração – destacou ao Lance!.

ALÉM DA APARÊNCIA COM SENNA, A ADMIRAÇÃO

De tantas semelhanças e conexões com o avô, a divergência está justamente sobre Senna. Enquanto o Josimar é fã dos irmãos Fittipaldi, Emerson e, principalmente, Wilsinho, o neto é apaixonado pelo legado deixado por Ayrton.

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Josimar tem a réplica do carro da Copersucar, primeira escuderia sul-americana, e única brasileira, a participar da Fórmula 1 na história. O carro tem uma dedicatória a Wilsinho Fittipaldi, um dos fundadores da equipe, junto com o irmão Emerson.

– Sou fã do Wilsinho (Fittipaldi) desde menino. O meu primeiro ídolo foi o Wilsinho (Fittipaldi), depois o Emerson (Fittipaldi), (Nelson) Piquet, que, na minha humilde opinião, foi o melhor piloto – disse Josi.

– Meu vô, como falou, sempre fala dos caras do Fittipaldi, do Piquet. Mas eu sou 100% fã do Senna. Embora eu não seja da geração, eu vi tudo o quanto é corrida dele, vi tudo o quanto é entrevista, documentário. É um cara que, acima de tudo, me inspira muito – contou João Tesser.

Ainda que se inspire em Ayrton, João Tesser não traça o seu plano de carreira fazendo comparações com Senna. O jovem, inclusive, se considera realista e com os pés no chão e sabe da dificuldade de chegar na Fórmula 1. O grande sonho dele é viver do automobilismo, ainda que seja em outras categorias.

– Carreira, enfim, cada um tem a sua. Você pode se espelhar, mas eu não quero seguir os passos de ninguém. Ter o reconhecimento, como o Ayrton, a gente tem outros dois tricampeões mundiais que estão vivos, mas quando se fala de esporte no Brasil a referência é o Ayrton Senna, o reconhecimento que ele tem, o carinho que os fãs tem por ele, vale mais que qualquer coisa.

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– Sonhar em pilotar na Fórmula 1 até quem não é piloto sonha. Só que, acima de tudo, eu sou muito realista. Então, eu nunca almejei ser piloto de Fórmula 1. Eu almejo a viver de automobilismo, mas não como piloto de Fórmula 1. Os pontos que a Fórmula 4 dá são necessários para chegar aos 40 pontos, só que, além da Fórmula 4 precisa passar para Fórmula 3 e Fórmula 2, para fazer um plano de carreira para a Fórmula 1, além de somar os 40 pontos, você tem que ter tido experiência nas demais categorias. Eu não almejo ser piloto de Fórmula 1, eu almejo ser piloto. Gosto muito de turismo, corrida de carro, gosto também de fórmula, mas o meu planejamento, daqui para frente, deve ir para o caminho do turismo – concluiu João.

Oitavo colocado na classificação geral da Fórmula 4, Tesser terá o privilégio de dividir o mesmo espaço que os pilotos da Fórmula 1, quando, no dia 5 de novembro, a categoria de acesso à elite terá uma etapa servindo de prelimar para o GP Brasil.

– Ano passado a ideia era fazer a preliminar, mas como ficou em cima não conseguiram concretizar. Esse ano está tudo certo. Bem legal, vai ser bem louco. Estar no mesmo ambiente, vai ser a corrida da nossa vida, em um ponto porque vai estar passando não só no Brasil, porque a Fórmula 1 é um esporte mundial, então o mundo todo está ligado aquele dia. Me preparar cada vez mais, me dedicar para fazer o meu melhor – projetou João Tesser.

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