Moçâmedes amanheceu sem táxis nas ruas, esta terça-feira. Motoristas entraram em greve para exigir reajustes no preço da corrida e a revogação do decreto presidencial que elimina a subvenção à gasolina.
Mobilidade restringida na província do Namibe: taxistas querem mais dinheiro e preços de combustível mais acessíveis
“Faço a rota Tômbwa e estamos vivendo uma fase muito difícil”, conta um motorista da Lopera do Gueto. “Os cartões do subsídio estão demorando muito para serem entregues. Abastecer com o nosso próprio dinheiro é muito complicado.”
Outro motorista da rota R9 desabafa: “Como a subvenção dos cartões foi retirada, achámos por bem paralisar as atividades para exigir uma atualização do preço da corrida.”
Associação dos taxistas justifica paralisação
A Associação dos Taxistas do Namibe (ATAXINA) solicitou ao Governo o reajuste da tarifa há cerca de um ano, mas não obteve resposta.
“Esta paralisação vai ajudar a refletir, pois se a situação permanecer com os preços altos, muitos taxistas correm o risco de ficar sem trabalho”, explica Jacinto Segunda, fiscal da ATAXINA.
Com a greve, a população enfrenta sérios problemas na sua mobilidade em toda a província do Namibe.
Vendedoras ambulantes e estudantes de Mocâmedes estão entre os grupos que mais sofrem com a paralização dos taxis
Uma passageira diz à DW que lamenta a greve: “Estou aqui há mais de 30 minutos e não apareceu nenhum táxi. É muito duro para nós.”
A associação ATAXINA espera negociar com o Governo um reajuste da tarifa e a revogação dos cortes à subvenção, diz o presidente da associação Cipriano Mateus: “A paralisação dos serviços de táxis será para toda a província e vai continuar até haver uma negociação com o governo do Namibe”, promete.
por:content_author: Adilson Liapupula