Empresa tem planos ambiciosos para a eletrificação de sua linha
A Honda foi uma das mais fortes defensoras da eletrificação durante os últimos anos. A empresa não está apenas na vanguarda dos consórcios europeus e japoneses de baterias intercambiáveis, como também estabelece alguns dos mais agressivos objetivos de mobilidade elétrica entre todos os fabricantes de motocicletas.
A primeira classe, chamada em inglês de Commuter EV, atenderá principalmente às necessidades comerciais. Os correios do Japão e do Vietnã já utilizam a Honda e: Business Bike e o fabricante espera expandir o contrato também para Tailândia até o final do ano. Os próximos modelos da marca já utilizarão o sistema de baterias intercambiáveis, ajudando a dar suporte às motos comerciais e ao mesmo tempo expandindo a infra-estrutura e o uso da tecnologia de baterias padronizadas.
Entretanto, a marca espera fazer seus maiores ganhos no mercado bicicletas e ciclomotores eletrificados, chamadas de EM/EB. Esta categoria reivindica 90% das vendas globais de motocicletas atualmente com cerca de 50 milhões de unidades. Esse tipo de moto se tornou extremamente popular na China e a Honda espera capitalizar sobre esse crescimento, lançando cinco modelos compactos e acessíveis na Ásia, Europa e Japão até 2024.
Enquanto a Honda prepara seus novos produtos elétricos para o mercado, ele continuará a desenvolver baterias padronizadas, infra-estrutura para baterias intercambiáveis e sua interface de experiência de usuário com a subsidiária de software Drivemode. Por fim, a Honda espera que estes esforços elevem suas vendas de motocicletas elétricas para um milhão de unidades até 2026, passando para 3,5 milhões de unidades até 2030.
Ainda assim, a marca não desistirá da combustão interna completamente. A Honda planeja estrear modelos flex na Índia até 2023 (gasolina com até 20% de etanol) e 2025 (100% etanol). A Honda pode liderar muitas iniciativas elétricas, mas ela sabe que a transição para longe dos combustíveis fósseis exigirá várias soluções diferentes.