Executivo da montadora disse ao InsideEVs que o objetivo é lançar um elétrico de US$ 30.000 antes de 2030
O CEO da Honda, Toshihiro Mibe, quer criar um carro elétrico para as massas – mas ele acredita que a acessibilidade real não será possível sem um salto de mudança de paradigma na tecnologia de veículos elétricos.
“Se quisermos criar um carro que custe US$ 30.000, acho que precisamos de algo inovador”, disse Mibe ao InsideEVs durante uma entrevista em uma mesa redonda na CES na terça-feira, por meio de um tradutor. “É claro que acho que precisamos de um carro pequeno, um EV, em um futuro próximo. Estamos tentando acelerar nossa pesquisa para esse fim.”
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O problema persistente está no alto custo das baterias de íons de lítio atuais, disse Mibe. A única maneira de tornar um VE acessível no momento é equipá-lo com menos baterias, reduzindo assim seu alcance, disse ele. Ele questiona o tipo de valor que esse tipo de veículo ofereceria.
“Quando você fala de um VE acessível, é muito difícil ter um bom negócio”
“Se conseguirmos fazer um bom trabalho de desenvolvimento, o benefício será enorme”, disse ele.
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Na terça-feira, a Honda anunciou uma nova linha de modelos movidos a bateria a ser lançada em 2026, que também chegará ao Brasil e contará com uma tecnologia própria de veículos elétricos completamente nova, e revelou dois conceitos que preveem esses futuros carros. A empresa pretende introduzir baterias de estado sólido nessa linha até o final da década de 2020; ela ainda não fez anúncios sobre os custos projetados.
O Chevrolet Bolt EV de US$ 26.500 (R$ 130.000) é um ponto positivo, mas está saindo de cena em 2024. A Tesla, de longe o participante dominante no mercado elétrico dos Estados Unidos, disse que está trabalhando em um carro de US$ 25.000 (R$ 122.000), mas esse projeto ainda não viu a luz do dia. Os compradores americanos de veículos elétricos desembolsaram cerca de US$ 52.000 (R$ 254.000) em média por seus carros em novembro, mais do que o preço de um veículo a combustão.
Até o final do ano passado, a Honda estava trabalhando com a GM em uma variedade de SUVs elétricos de baixo custo, o primeiro dos quais estava previsto para chegar ao mercado em 2027. Em outubro, as montadoras cancelaram a parceria, com a Honda dizendo na época que os veículos elétricos baratos eram um negócio “difícil” de viabilizar.
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