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Motorista de aplicativo é agredido e tem carro danificado por empresário em São Paulo

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Um motorista de aplicativo acusa um homem, de 25 anos, de agredi-lo e danificar o seu carro na noite da última sexta-feira, 25, sem nenhum motivo aparente. O caso aconteceu na rua Bela Cintra, no bairro da Consolação, centro de São Paulo. De acordo com o boletim de ocorrência, o agressor, o empresário Renato Migliorine Costa, também teria ameaçado outras pessoas que passavam pela via na hora da confusão.

Guilherme Antônio da Silva, alvo das agressões, conta que tudo começou por volta das 19h, quando ele deixou um passageiro e estacionou o carro em um ponto de táxi para esperar pela próxima corrida. De acordo com a vítima, Renato Migliorine então teria entrado no veículo alegando que Guilherme estava enviando mensagem ao empresário como se fosse lhe dar uma carona.

“Eu falei que ele poderia ter se confundido, que ele não era meu passageiro e até pedi para ele mostrar as mensagens. Ele não conseguia se explicar, mas, mesmo assim, foi entrando no meu carro”, relata Guilherme.

O motorista, então, ligou para a polícia e tentou pedir ajuda para pessoas que assistiam à cena. Renato foi em direção a ele e acertou dois socos, um no rosto e outro no pescoço, segundo Guilherme. “Eu estava com a policial no telefone, e ao mesmo tempo ficava dando voltas ao redor do meu carro. Porque ele (Renato) ainda estava atrás de mim, querendo me agredir”.

A vítima lembra que o empresário pegou uma pedra de paralelepípedo e começou a danificar o seu carro. Enquanto ele aguardava a chegada dos policiais, Guilherme lembra que Renato ainda ameaçou outras pessoas. “A cada carro que encostava ao meu, ele batia e pedia para todos os veículos saírem dali. Ninguém entendia o motivo dele estar com essa revolta toda”.

Em um desses carros estava um casal que foi para a rua Bela Cintra fazer uma entrega. Segundo Guilherme, Renato Migliorine teria pedido para os dois irem embora e ameaçado ambos com o paralelepípedo. “Era uma situação muito delicada. Ele já tinha surtado comigo e depois começou a surtar com outras pessoas.”

De acordo com o motorista, a situação se acalmou depois que a polícia chegou ao endereço. O caso foi registrado no 78.º Distrito Policial (DP), em Jardins, como lesão corporal e dano material. O empresário foi liberado depois do registro da ocorrência. As agressões e ameaças foram flagradas por moradores e pelo próprio Guilherme, que publicou o material nas suas redes sociais.

A Secretaria de Segurança Pública do Estado afirma que a vítima foi orientada quanto ao prazo para representação criminal, por se tratar de um crime de ação penal pública condicionada, para o prosseguimento das investigações.

Ao Estadão, Guilherme Silva afirma que teve prejuízos por causa do episódio. “Eu fiquei sem trabalhar durante quatro dias, e só voltei hoje (quarta-feira). Um dia de serviço, para mim, custa muito, principalmente na situação atual que eu me encontro, com dívidas para serem pagas”, disse o motorista de aplicativo. “Eu estou rodando com o carro danificado, e não tenho condições financeiras para arcar com os custos do reparo”, lamentou.

Procurado sobre as acusações, Renato Migliorine não deu retorno até a publicação deste texto.

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