A Mercedes até consegue em seu túnel de vento respostas para melhorar a performance do W14 na pista, porém fica de mãos atadas por conta do teto de gastos da Fórmula 1. A explicação foi dada pelo diretor-técnico, James Allison, reconhecendo que há um atraso considerável entre o que os testes aerodinâmicos revelam e o que, de fato, é posto em prática.
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“Se imaginarmos que a maioria da performance vem do túnel de vento, ele sempre vai comandar a direção que o carro vai seguir”, começou o engenheiro. “O atraso entre o que o carro entende e o que o túnel de vento está fazendo é o quão rápido a geometria do túnel pode ser colocada no escritório de design e como isso pode ser jogado na fabricação”, acrescentou
“Antigamente, quando o teto de gastos não existia, podíamos jogar essas coisas no túnel de vento quase que diariamente, e o pessoal projetava muito rápido. Então, construíamos furiosamente, o que significava que esse atraso entre o que estava no túnel e na pista era de apenas algumas semanas. Hoje em dia, você pode se dar ao luxo de lançar duas ou três atualizações importantes em uma temporada, e isso só faz cócegas nas coisas intermediárias”, admitiu, reiterando que essa forma de trabalho faz com o que o carro atual de Lewis Hamilton e George Russell seja “muito mais atrasado” com relação ao túnel.
James seguiu explicando que outro impacto também causado pelo atual limite de custos da F1 é a dificuldade de encontrar recursos, pessoas e hardwares para investir na melhoria da capacidade. Ele salientou que “é muito fácil ficar preso do mesmo jeito, pois melhorar a forma de fazer as coisas custa tempo e dinheiro”.
“Se você gastar todo o dinheiro e tempo nessas poucas atualizações construindo um carro para o próximo ano, vai ser difícil ter um melhor. O maquinário que produz o carro, o escritório de design que o projeta e a metodologia na fábrica, é muito mais difícil investir nessas coisas do que antes”, finalizou.
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