Ex-piloto de Fórmula 1 e dono de três vitórias no Mundial, Johnny Herbert analisou a saída de Lewis Hamilton da Mercedes em 2025 e as alternativas que o time de Brackley terá para fazer parceria com o britânico George Russell. Será o primeiro ano desde 2012 em que as Flechas de Prata não vão contar com o heptacampeão mundial, que trocou de equipe em um movimento histórico.
“É algo que a Mercedes tem feito ao longo dos anos, especialmente quando voltamos à época de Lewis [Hamilton] e Nico [Rosberg]. Toto [Wolff] ficou muito incomodado com a situação que tivemos com Nico e Lewis. Tentar controlar os pilotos já é algo bastante difícil, mesmo quando eles se dão bem. Mas quando eles têm certas maneiras de, eu não sei, como Nico fez, muito inteligentemente, você sabe, tornando as coisas um pouco desconfortáveis para Lewis, talvez tornando-as desconfortáveis para Toto, mas fundamentalmente fazendo tudo funcionar para ele mesmo. Isso é algo que eles provavelmente não querem ter de novo”, afirmou Herbert.
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George Russell (Foto: AFP)
“Acho que, no momento presente, seria alguém como Alex Albon, por exemplo. Ele melhorou enormemente com as dificuldades que teve na Red Bull. Ele está mais preparado mentalmente para trabalhar em equipe. Se for para a Mercedes, ele potencialmente tem os ingredientes certos para que isso aconteça, assim como Lando [Norris], que possivelmente também poderia ir para lá. Mas por que alguém sairia da McLaren, que está indo tão bem? O piloto se sente muito, muito confortável nessa situação. Então, há certos nomes, que não vejo por que eles fariam isso, não vejo motivos para eles saírem de onde estão”, comentou.
Johnny também alertou para a possibilidade de Carlos Sainz fazer o caminho inverso de Hamilton. O espanhol, que está na Ferrari desde 2021, não terá o contrato renovado pela Scuderia justamente para abrir espaço ao heptacampeão, que terá Charles Leclerc como novo companheiro de equipe a partir do ano que vem.
“Temos também Carlos Sainz. Carlos mostrou muita maturidade no ano passado. Ele realmente melhorou suas performances. Ele tornou tudo muito desconfortável para Charles [Leclerc]. Sempre me lembro quando Charles chegou na Ferrari, quando ele era companheiro de Sebastian [Vettel] e basicamente assumiu o comando da equipe. Ele colocou Sebastian de lado. Mas, na verdade, lentamente, Carlos foi capaz de incomodá-lo um pouco. Mas Charles também se recuperou bem”, seguiu.
“Charles sempre é capaz de ter essa habilidade de reverter a situação. Se lembrarmos de Carlos em Monza, por exemplo, acho que ele se encaixaria perfeitamente [na Mercedes] porque ele tem uma mentalidade muito forte, muito parecida com a do pai dele, Carlos Sainz. Acho que ele se encaixaria perfeitamente também. Ele tem muita experiência e acho que provavelmente seria o que faria mais sentido”, concluiu.
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