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GUIA 2024: Mercedes recalcula rota e se prepara para irreparável perda de Hamilton

guia 2024: mercedes recalcula rota e se prepara para irreparável perda de hamilton

A temporada de 2024 começou com uma bomba nuclear caindo sobre a Mercedes. Pouco tempo depois de assinar uma renovação de contrato até o fim de 2025, Lewis Hamilton anunciou que vai deixar a equipe alemã após 12 temporadas de enorme sucesso juntos, com seis títulos de pilotos e sete de construtores na bagagem, para realizar o sonho de pilotar pela Ferrari.

Qualquer análise sobre a mudança de rota do time de Brackley no design do W15 após o fracasso do conceito zeropod fica em segundo plano com a saída do heptacampeão. A narrativa agora é sobre como será a última dança do par juntos e qual será o caminho escolhido por Toto Wolff e companhia para substituir o maior vencedor da história da Fórmula 1.

É impossível também eximir de culpa a Mercedes pela saída de Lewis. O britânico alertou mais de uma vez sobre os problemas do carro de 2022, que foram repetidos para 2023, e não se sentiu ouvido. Os dois primeiros anos sem vitória na F1 com certeza incomodaram o campeão, e a Ferrari apareceu como melhor opção para disputar títulos e, claro, realizar o sonho de qualquer piloto de guiar os icônicos carros vermelhos.

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Lewis Hamilton abalou as estruturas da F1 (Foto: Mercedes)

O anúncio precoce, bem antes da tradicional ‘silly season’ do meio da temporada, pelo menos dá mais tempo para o time alemão planejar o futuro e estudar bem quem será o companheiro de George Russell de 2025 para frente. O futuro parece ser de Andrea Kimi Antonelli, mas o italiano, de apenas 17 anos, ainda está para fazer sua estreia na Fórmula 2, após pular direto da FRECA, sem passar pela Fórmula 3.

Até Antonelli estar pronto, Toto tem algumas opções diferentes e já até chegou a dizer que a situação abre margem para alguma ousadia. Fernando Alonso talvez seja a melhor opção caso a equipe pense em ganhar agora. Alexander Albon, Carlos Sainz, Pierre Gasly e Esteban Ocon têm experiência e talento para estarem nos times de ponta até a transição de Andrea. Tudo, é claro, vai depender muito também dos resultados de 2024.

Falemos de pista agora, pois. O conceito zeropod, que chamou tanta atenção no início da pré-temporada de 2022 e parecia indicar que a inovadora Mercedes seguiria vencendo como sempre, foi abandonado de vez no meio do ano passado. O tempo passou, o conceito escolhido não funcionou e, no GP de Mônaco, o W14 ‘B’ fez sua primeira aparição, muito mais próximo dos designs do resto do grid.

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Mercedes mudou radicalmente design no W15 (Foto: Mercedes)

Toto chegou a admitir que a insistência com o conceito foi o “maior erro dos últimos anos”, mas também que os problemas do W14 iam muito além dos sidepods. Para 2024, a base é totalmente nova. James Alisson reassumiu o posto de diretor-técnico após a saída de Mike Elliott no fim do ano passado e voltou a ser o artista a assinar a obra.

E se o carro tem sidepods convencionais na pré-temporada pela primeira vez desde a mudança de regulamento em 2022, isso não significa que a Mercedes deixou sua veia inovadora de lado. A asa dianteira apresentada desde o lançamento do W15 chamou a atenção, inclusive causando dúvidas nos rivais a respeito de sua legalidade.

As mudanças não pararam por aí. Durante o último dia de testes, também foi possível perceber a equipe alemã alterando a suspensão dianteira para fazer testes aerodinâmicos. E ainda que o time admita que a Red Bull está bem à frente, a expectativa é de começar o ano brigando com Ferrari e Aston Martin pela segunda colocação.

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George Russell já vê W15 mais agradável (Foto: Mercedes)

“A Red Bull está à frente, só de olhar para o ritmo de corrida de hoje [terceiro dia], fica bastante claro”, afirmou Allison após o fim dos testes. “Atrás estão várias equipes fortes, a Ferrari parece bem, nós parecemos bem, Alonso esteve bem hoje. Em que ordem, não tenho certeza. Acho que estamos um pouco melhores nos trechos longos, mas um pouco atrás da Ferrari na volta única. Vai depender muito do trabalho durante esta semana antes do fim de semana de corrida”, analisou o diretor-técnico.

O grande objetivo era ter justamente um carro mais prevísivel e que correspondesse ao que era testado pela equipe no simulador, e isso parece ter sido alcançado. Andrew Shovlin, chefe de engenharia das flechas de prata, já deixou bem claro que a posição atual é “muito melhor do que há 12 meses”. Russell também mostrou contentamento com o fato do carro não ser uma diva, ou seja, mais fácil de guiar.

O único que parece não seguir no mesmo esquema de positividade acentuada apresentado pelo restante da Mercedes é justamente Hamilton. A sede do campeão não será matada apenas com um carro mais responsivo e previsível, mas sim se tiver possibilidade de disputar títulos.

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Asa dianteira do W15 causou controvérsia (Foto: Reprodução)

“É muito encorajador ver todos trabalhando tão bem juntos”, afirmou Hamilton. “Foco, determinação e comunicação foram as melhores que já vi. Sabemos que temos trabalho a fazer, ainda não estamos onde queremos estar. No entanto, sabíamos que esse seria o caso antes de virmos para os testes. Temos uma grande plataforma para construir em cima. Vamos trabalhar forte nos próximos dias para analisar todos os dados que conseguimos nos testes”, disse o bem levemente otimista Lewis.

De fato, o ritmo de corrida apresentado pela Mercedes nos testes parece bom. Nada, claro, próximo do patamar estabelecido pela Red Bull. E a equipe também sabe que deve sofrer nas classificações, já que admitiu que não tem ritmo de volta única.

No fim das contas, o foco da temporada do time alemão será no desenvolvimento. A base é boa, mas a sensação é que, se o ano terminar sem uma vitória de Lewis, terá sido um fracasso. E para alcançar isso, será preciso se aproximar bastante da Red Bull. 2024 reserva grandes emoções para a Mercedes e decisões de grande impacto para o futuro de praticamente o grid inteiro.

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