(Bloomberg) — Ações da Enauta chegaram a cair até 8,7% em São Paulo nesta terça-feira – a maior queda intradiária desde maio – depois que o conselho da empresa aprovou o envio de uma proposta de fusão com a 3R Petroleum, cujos papeis saltaram 7,3% na máxima do dia.
A 3R Petroleum disse que a diretoria avaliará a potencial fusão dentro de 30 dias, de acordo com comunicado, enquanto suspendeu momentaneamente os esforços internos para uma possível fusão com a PetroRecôncavo, que afundou até 7,8%
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A fusão poderá trazer um balanço mais robusto dada a posição de caixa líquido da Enauta, melhor acesso ao capital e alocação da dívida da 3R, e melhores condições para comercializar a produção de petróleo e gás, escreve o analista Leonardo MarcondesObserva que também poderá haver ganhos de escala de custos no campo Papa-Terra, dada a sua proximidade com o ativo da Enauta, bem como maior liquidez para ambas as empresasAfirma que uma potencial fusão poderia reduzir os riscos de um aumento de capital adicional para a 3R, embora observe que, do ponto de vista operacional, “as sinergias são difíceis de calcular neste momento”
Consolidação do setor upstream no Brasil começará a ganhar força após anos de aumento de novos players no cenário competitivo, principalmente devido ao processo de desinvestimento da Petrobras, escreve o analista Gabriel BarraA proposta da Enauta parece ser benéfica para ambos os lados, principalmente para a 3R, uma vez que a proposta estabelece um novo piso para o preço das suas ações, dizA menor alavancagem e custo de capital apoiariam o investimento da empresa para desbloquear o valor de reserva para os acionistas minoritáriosNo entanto, as sinergias operacionais não são tão claras como na fusão PetroReconcavo e 3R, principalmente nos ativos onshore
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