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A Eve, subsidiária da Embraer, desenvolve no Brasil uma aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical (eVTOL) que já conta com mais de 2.700 unidades encomendadas por 26 clientes espalhados em 12 países, segundo Daniel Moczydlower, presidente do braço de inovação da companhia.
O eVTOL projetado pela Embraer possui oito rotores responsáveis pelo pouso e decolagem verticais e dois rotores responsáveis pelo deslocamento horizontal – a característica é considerada um dos pontos cruciais para o desenvolvimento massivo da mobilidade urbana aérea, pois, com pouso e decolagem verticais, não há necessidade de pistas longas.
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Os múltiplos rotores também trazem mais segurança para a aeronave, que distribui os riscos em caso de pane elétrica, por exemplo. O sistema do carro voador é similar ao das grandes aeronaves modernas, o fly-by-wire: um sistema eletrônico interligado por fios e cabos elétricos que atua no controle do voo. Com esse sistema, qualquer ação dada pelo piloto é analisada pelos computadores antes de ser repassada para a aeronave.
Embraer tem 2,7 mil encomendas de ‘carro voador’ Foto: Reprodução/EVE/Embraer
Outra vantagem é que ele é 100% elétrico, ou seja, não emite gases poluentes. Além de oferecer um deslocamento sustentável, o carro voador elétrico tem uma pegada de ruído reduzida em comparação aos aviões e helicópteros.
Cabine do eVTOL produzido pela Embraer tem capacidade para transportar quatro pessoas. Foto: Reprodução/Eve/Embraer
Movido a bateria, o veículo voador elétrico terá uma autonomia de 10 a 15 minutos, podendo percorrer distâncias entre 60 e 80 quilômetros. Essa é a distância mais comum para demanda do eVTOL, conforme estudo desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) para a Embraer. Por esse motivo, os eVTOLs devem operar como táxis aéreos, com venda de trajetos avulsos para viagens compartilhadas.
Segundo Moczydlower o projeto mira na classe média em vez de restringir o serviço a um público de executivos ou às classes mais altas. Os preços das viagens, ainda em fase de estudos pela Embraer, estão até o momento entre US$ 50 e US$ 100 (entre R$ 250 e R$ 500) por trajeto.