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Em novo plebiscito polêmico, Paris quer tornar estacionamento de SUVs mais caro que de outros carros

em novo plebiscito polêmico, paris quer tornar estacionamento de suvs mais caro que de outros carros

Em novo plebiscito polêmico, Paris quer tornar estacionamento de SUVs mais caro que de outros carros

A prefeitura de Paris organiza uma votação no domingo (4) propondo triplicar as taxas de estacionamento para carros altos e pesados ​​chamados SUVs, veículos utilitários recreativos. Mas o plebiscito não convence os oponentes, nem os donos dos carros que acreditam ser uma “manipulação”.

Os chamados SUVs, sigla em inglês para Sport Utility Vehicle (veículo utilitário esportivo), com características que combinam “as de um automóvel de passageiros com as de um veículo utilitário”, e os 4×4 estão na mira da prefeitura de Paris.

Das 9h00 às 19h00 de domingo, 1,3 milhões de eleitores parisienses são convidados a se apresentar a uma das 38 seções de votação para responder à pergunta: “Você é a favor ou contra a criação de uma taxa específica para estacionamento de automóveis individuais pesados, volumosos e poluentes?”

Se vencer o lado “a favor”, os proprietários de veículos híbridos térmicos ou recarregáveis que ultrapassem 1,6 toneladas, ou duas toneladas para um veículo elétrico, terá de pagar 18 euros por hora nos bairros centrais, 12 euros para em bairros exteriores.

A regra será, em teoria, aplicada apenas aos visitantes, porque “parisienses e profissionais sedentários estacionados em suas zonas de estacionamento autorizadas, os taxistas em pontos específicos, os operários da construção, profissionais de saúde” e as pessoas com deficiência não serão afetados pela regra, segundo a Câmara Municipal.

Paris dificulta vida de automobilistas

“Quanto maior é, mais polui”, justificou a prefeita socialista de Paris, Anne Hidalgo, no início de dezembro, avançando também um argumento de “segurança rodoviária”, sendo os acidentes envolvendo um SUV, segundo a Câmara, “duas vezes mais fatais para pedestres” que com “um carro padrão”.

Paris, durante o comando de Hidalgo, já fechou o acesso aos carros às margens do Sena, proibiu o trânsito de veículos de passeio na Rue de Rivoli e tornou verdes 200 ruas, eliminando também o trânsito.

A prefeita também destacou “um melhor compartilhamento do espaço público”, já que os carros grandes ocupariam mais espaço nas ruas.

Segundo a prefeitura, os carros ganharam em média cerca de 250 kg desde 1990.

A ONG WWF descreve os SUV como uma “aberração” diante da crise climática. São “200 quilos mais pesados, 25 cm mais compridos, 10 cm mais largos” que um carro normal. Além disso, exigem mais materiais para serem fabricados, consomem 15% mais combustível e emitem 20% mais CO2 que um sedã.

As associações de automobilistas criticam a iniciativa. “Mais ou menos SUV, a questão é terrivelmente amadora” porque a sigla é um “nome de marketing” que “não significa nada”, reage Yves Carra, porta-voz do Mobilité Club France. Segundo ele, “os SUVs compactos não estarão sujeitos à tributação”, ao contrário dos sedãs familiares e das peruas.

Maior e mais poluente? Nem sempre

Para a oposição de direita, a votação parisiense “demonstra a extensão da manipulação da cidade, que visa os SUVs na sua comunicação quando, na realidade, qualquer tipo de veículo é susceptível de ser afetado pelas normas sujeitas à votação”.

Quanto à acusação de poluição, “um novo SUV moderno” não “polui mais, nem menos, do que um pequeno veículo diesel anterior a 2011”, sublinha a associação 40 Millions d’automobilistes (40 milhões de automobilistas).

“Se fosse realmente uma questão de limitar a poluição, seria feita uma distinção entre veículos térmicos e veículos híbridos ou elétricos”, concorda a deputada do MoDem (centro) Maud Gatel, que se opõe à votação.

A deputada também critica a regra por poupar os parisienses, “apesar de os SUV de residentes de Paris, não afetados pela medida, representarem 26,6% da frota, segundo a agência AAA Data”.

“Só votam as pessoas que não são afetadas por estas medidas. (…) Anne Hidalgo só pensa em seduzir o seu eleitorado”, lamenta Pierre Chasseray, delegado geral de 40 Milhões de automobilistas.

Em Lyon, a Câmara Municipal ambientalista planejou a implementação em junho de uma “taxa progressiva com três categorias de incentivos”, um princípio válido tanto para residentes como para visitantes.

Em Paris, segundo Hidalgo e o seu adjunto (EELV) para a mobilidade, David Belliard, a sobretaxa afetaria “cerca de 10% da frota” e poderia gerar cerca de € 35 milhões de receitas adicionais.

Esta votação será a segunda na capital, depois da de abril de 2023 que aprovou o fim das patinetes eletrônicas em livre serviço.

A votação mobilizou 103 mil pessoas, ou 7% dos eleitores da capital, e custou 390 mil euros.

 

(Com AFP)

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