‘É absurdo ser acusado de desenvolver uma MotoGP de estrada’ – Davide Tardozzi
A mesma publicação avança que as Panigale passam assim, até ao fim do campeonato, a contar com menos 500 rotações por minuto no motor comparando com o início da temporada, o que tem gerado algumas críticas, nomeadamente o facto de o motivo para esta redução visar alegadamente impedir o domínio da moto no mundial e tentar assim equilibrar os índices competitivos. A questão é que as Ducati não estão a dominar o campeonato e sim Álvaro Bautista, uma vez que os outros pilotos Ducati não apresentam a regularidade e índices competitivos do espanhol. Ou seja, para limitar um piloto, prejudica-se todos os outros na mesma moto.
Davide Tardozzi, Team Manager da equipa de fábrica no MotoGP e um dos pesos pesados do departamento de competição da Ducati, criticou a retirada de RPM das suas motos em declarações ao GPOne:
Os regulamentos do WSBK permitem que o promotor Dorna e a FIM façam ajustes como este durante o ano com o objetivo de manter o equilíbrio na competição. Outro dos argumentos que têm sido apontados contra a Ducati é o facto de as versões de estrada das suas motos custarem mais de 40 mil euros enquanto as das outras fabricantes estarem acessíveis por cerca de metade. Também aí Tardozzi crê que essa leitura está errada:
– Sobre isso faço esta pergunta: quanto custam as motas de competição japonesas do Jonathan Rea [Kawasaki] ou do Toprak Razgatlioglu [Yamaha]? O facto de estar a ser levantada uma controvérsia sobre o custo da nossa moto de estrada parece-me ridículo quando comparado com os custos de um fabricante japonês que quer vencer nas Superbike. Se o preço inicial é mais elevado, é porque estamos a oferecer aos nossos clientes um produto de maior desempenho, é por isso que custa mais do que as outras motos. Por isso não percebo onde está o problema e, certamente, não percebo alguma da controvérsia cirada sobre isso.