Ducati não quer concessões para ajudar Honda e Yamaha
O que o texto regulamentar estipula é que um fabricante perde as concessões quando alcança seis pontos de concessão ao longo do período de dois anos. O primeiro lugar numa corrida acrescenta três pontos, o segundo lugar vale dois pontos e o terceiro lugar representa um ponto de concessão.
A Honda e a Yamaha tiveram resultados em 2021 e 2022 que não as deixam enquadradas para receber estas vantagens de desenvolvimento. Porém, especula-se que a Dorna pode estar a equacionar uma mudança, quando ambos os construtores apresentam muitas dificuldades para recuperar face aos europeus – em especial a Ducati.
Por isso, não é de admirar que Gigi Dall’Igna, diretor-geral da Ducati Corse, rejeite que as regras mudem – embora comece por admitir ao jornal AS que se pode ajudar quem estiver em dificuldades: ‘Concordo na necessidade de ter um campeonato o mais equilibrado possível e que temos de encontrar juntos um compromisso para que todos consigam lutar por posições significativas. Mas é claro que o melhor deve prevalecer, porque isto é um desporto e o desporto funciona assim. Penso que está certo ajudar as equipas em dificuldades, mas tem de ser feito da forma certa’.
O dirigente italiano recusa, porém, mexidas no sistema de concessões: ‘Não creio que seja um prob lema do campeonato, julgo que é maravilhoso e espetacular, com corridas maravilhosas. Estou orgulhoso de trabalhar num campeonato assim. Para a Ducati foi difícil chegar aqui, fizemos muitos sacrifícios, isto tem de ser reconhecido. Nos próximos anos não podem existir concessões demasiado favoráveis para outros’.