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Dorna sugere “atualizar sistema de concessões” para resgatar Honda e Yamaha

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Diretor-esportivo da Dorna Sports, Carlos Ezpeleta assumiu que a promotora do Mundial de Motovelocidade está em busca de uma alternativa para ajudar Honda e Yamaha a recuperarem a competitividade perdida na MotoGP. O dirigente reconheceu que a empresa espanhola defende uma atualização no sistema atual de concessões.

Pelo regulamento atual da FIM (Federação Internacional de Motociclismo), as concessões são válidas para novos construtores, fábricas que não vencem desde 2013 ou em casos em que uma marca passou toda uma temporada sem marcar pontos de concessão, ou seja, pódios.

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Massimo Rivola não quer mudar regras para beneficiar Honda e Yamaha (Foto: RNF)

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Construtores que contam com concessões tem direito a nove motores por temporada ao invés de sete e também têm o direito de desenvolver os propulsores ao longo do ano, já que as peças não são congeladas na primeira corrida. Além disso, eles podem fazer seis wild-cards por temporada e têm mais liberdade para testar inclusive com os pilotos titulares. Essas benesses, contudo, estão atreladas ao desempenho e são perdidas conforme resultados positivos se acumulam.

Honda e Yamaha, porém, não se encaixam em nenhum dos critérios que beneficiaram Ducati, Suzuki, Aprilia e KTM em momentos do passado. A marca da asa dourada tem uma vitória com Álex Rins em 2023, no GP das Américas, enquanto a casa de Iwata foi ao pódio com Fabio Quartararo também em Austin, com um terceiro lugar. Esses pontos de concessão, aliás, consideram apenas as corridas longas.

Neste cenário, a empresa espanhola que promove e organiza o calendário tenta encontrar uma alternativa para facilitar o crescimento de Honda e Yamaha.

“Estamos trabalhando para ajudar, não apenas a Honda, mas também a Yamaha, outra fábrica japonesa, para que elas possam ser competitivas outra vez”, disse Ezpeleta em entrevista à Catalunya Radio.

Ezpeleta lembrou que Honda e Yamaha apoiaram o sistema de concessões no passado e, por isso, espera que as atuais fábricas mostrem a mesma postura.

“Honda e Yamaha foram muito atenciosas com o regulamento de concessões no passado, e isso foi vital para que a Ducati fosse competitiva e também para a Suzuki ser competitiva tão rapidamente. E para KTM e Aprilia entrarem no campeonato mundial oficialmente e serem competitivas também”, analisou.

“As outras fábricas também vão entender isso. A posição oficial da Dorna é que o sistema de concessões deve ser atualizado”, completou.

Uma mudança na regra, porém, depende de aprovação unanime da MSMA (Associação das Fábricas de Motocicletas Esportivas). Ou seja, Ducati, Aprilia, KTM, Honda e Yamaha precisam entrar em acordo.

Diretor-executivo da Aprilia, Massimo Rivola já avisou que não está disposto a ajudar as adversárias.

“Elas não cumprem os requisitos para ter concessões, então não vamos aceitar”, disse Rivola à publicação alemã Speedweek.

A Ducati, por sua vez, se disse aberta a ouvir ideias, mas reclamou de a Dorna ter iniciado o debate pela imprensa e não pela Comissão de GP.

“Honestamente, não estou ciente de nenhuma proposta sobre isso. Parece que falaram primeiro com os jornalistas ao invés de falarem com as fábricas”, disse Paolo Ciabatti, diretor-esportivo da marca de Bolonha. “Este tipo de proposta deve ser discutida na Comissão de GP e entre os membros: Dorna, FIM, IRTA (Associação Internacional das Equipes de Corrida) e MSMA. A comissão se reuniu na última quinta-feira para falar do regulamento técnico para o futuro e nenhuma proposta foi feita. Quando a Dorna quiser atualizar o sistema de concessões para ajudar fábricas em dificuldade, terá de explicar como e qual impacto isso terá. Eles querem dar mais dias de teste ou permitir que os pilotos oficiais testem? Não sabemos”, indicou.

Perguntado diretamente sobre a posição da Ducati, Ciabatti respondeu: “Estamos dispostos a avaliar a proposta com espírito colaborativo quando houver uma, mas temos de ter alguns pontos em mente. Nós, assim como a Aprilia e a KTM, chegamos onde chegamos ralando muito e respeitando o regulamento, enquanto as fábricas japonesas não conseguiram acompanhar. Repito: estamos dispostos a avaliar a proposta, mas não pode ser em uma base pessoal, têm de funcionar para todas as fábricas que se encontrarem na mesma situação no futuro. Vamos conversar a respeito entre as fábricas e ver se isso será positivo ou negativo para a maioria”.

“No geral, fazer uma mudança sem ter a concordância da maioria das fábricas não é legal. Estamos dispostos a avaliar a proposta, levando em conta que não podemos beneficiar excessivamente aqueles que não fizeram o trabalho deles como os outros. Precisamos de uma proposta que seja articulada, precisa e, acima de tudo, justa e compartilhável”, ponderou. “No momento, temos duas fábricas japonesas em dificuldade e três europeias em uma boa posição. No passado, eles não puderam tirar vantagem das concessões e aí perderam um pouco o rumo. É do interesse de todos, inclusive do campeonato, que todas as fábricas possam falar na pista, mas aqueles que trabalharam bem não devem ser penalizados. Achamos que meritocracia tem de ter valor na MotoGP”, completou.

A MotoGP agora entra em férias e volta à ativa apenas entre os dias 4 e 6 de agosto para o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2023.

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