Curiosidades sobre Carros

Carros elétricos e uso do etanol: Zema discute futuro do setor automotivo com empresários italianos

A posição privilegiada de Minas Gerais, com grande reservas de lítio e nióbio – minerais que devem ser explorados cada vez mais com o desenvolvimento de carros híbrido -, além do aumento da produção de etanol no estado, foram ressaltadas por representantes da empresa Stellantis durante encontro com o governador Romeu Zema (Novo) e a comitiva do governo de Minas, em Balocco, na Itália.

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    A questão ambiental ganha cada vez mais espaço nas discussões internacionais sobre os investimentos da indústria automotiva e a palavra chave falada hoje em todos os continentes é “descarbonização”: uma forma dos veículos jogarem menos gás carbônico no ar.

    Para isso, cada país buscou uma alternativa. Na Europa e nos Estados Unidos, a aposta é nos carros elétricos, com incentivos dos governos para a substituição dos veículos a combustão.

    A mudança, no entanto, pode gerar resultados negativos nas cadeias de fornecedores ligadas ao setor, como explica o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e vice-presidente da Stellantis, Márcio de Lima Leite.

    “Isso aconteceu na Europa, quando se acelera muito a mudança tecnológica você acaba trazendo uma ruptura na cadeia de fornecimento. Um veículo elétrico tem de 30% a 40% menos de componentes do que o veículo de combustão. Então é preciso fazer com tranquilidade e suavidade neste processo porque não precisamos acelerar como a Europa e os Estados Unidos. Lá, eles aceleraram por meio de incentivos para a compra de cada veículo elétrico, entre 7 mil e 7,5 mil euros, isso é algo fora da nossa realidade e desnecessário. A Alemanha é o berço da tecnologia automotiva, ela sempre teve produtos de muita qualidade, mas ela tem sofrido mais nesse momento de transição tecnológica, porque os veículos da bateria têm uma tecnologia vinda de outros mercados”, diz Marcio Leite.

    Opção do etanol

    Para o Brasil, uma das melhores opções para atingir todos os índices de descarbonização que vem sendo acordados em encontros internacionais é aumentar o uso do etanol, biocombustível mais limpo.

    Responsável pelos assuntos regulatórios do grupo Stellantis, João Irineu Medeiros, avalia que o Brasil já tem as condições necessárias para fazer uma transição mais equilibrada. “A partir do momento que temos no Brasil, na linha de veículos leves, de passeio, a alternativa do biocombustível, que tem baixo nível de emissão de carbono, então, tendo disponível no país o etanol, por que não usá-lo. Temos condições de fazer uma transição mais equilibrada do que a Europa”, explica.

    A preocupação com a cadeia de fornecedores foi apontada pelo governador Romeu Zema (Novo), que destacou a importância dos governantes discutirem sempre os próximos passos e as alternativas de investimentos com os especialistas do setor.

    “Vale lembrar que na Europa, onde o carro elétrico avança com maior velocidade, tem gerado uma preocupação grande e uma incerteza para fornecedores, que vendem muitos componentes só para carros com motor a combustão. Esses fornecedores acabam vivendo grande incerteza com o fim do motor a combustão. Em Minas, o que estamos prevendo é o carro híbrido no primeiro momento, que tem o carro com motor a combustão mas já começa a usar também a energia elétrica. Isso dá garantias a centenas de fornecedores e milhares de empregos”, afirmou Zema.

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