A posição privilegiada de Minas Gerais, com grande reservas de lítio e nióbio – minerais que devem ser explorados cada vez mais com o desenvolvimento de carros híbrido -, além do aumento da produção de etanol no estado, foram ressaltadas por representantes da empresa Stellantis durante encontro com o governador Romeu Zema (Novo) e a comitiva do governo de Minas, em Balocco, na Itália.
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Para isso, cada país buscou uma alternativa. Na Europa e nos Estados Unidos, a aposta é nos carros elétricos, com incentivos dos governos para a substituição dos veículos a combustão.
A mudança, no entanto, pode gerar resultados negativos nas cadeias de fornecedores ligadas ao setor, como explica o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e vice-presidente da Stellantis, Márcio de Lima Leite.
Opção do etanol
Para o Brasil, uma das melhores opções para atingir todos os índices de descarbonização que vem sendo acordados em encontros internacionais é aumentar o uso do etanol, biocombustível mais limpo.
Responsável pelos assuntos regulatórios do grupo Stellantis, João Irineu Medeiros, avalia que o Brasil já tem as condições necessárias para fazer uma transição mais equilibrada. “A partir do momento que temos no Brasil, na linha de veículos leves, de passeio, a alternativa do biocombustível, que tem baixo nível de emissão de carbono, então, tendo disponível no país o etanol, por que não usá-lo. Temos condições de fazer uma transição mais equilibrada do que a Europa”, explica.
“Vale lembrar que na Europa, onde o carro elétrico avança com maior velocidade, tem gerado uma preocupação grande e uma incerteza para fornecedores, que vendem muitos componentes só para carros com motor a combustão. Esses fornecedores acabam vivendo grande incerteza com o fim do motor a combustão. Em Minas, o que estamos prevendo é o carro híbrido no primeiro momento, que tem o carro com motor a combustão mas já começa a usar também a energia elétrica. Isso dá garantias a centenas de fornecedores e milhares de empregos”, afirmou Zema.