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Carro popular: redução de impostos pode aumentar produção e aquecer economia

Medidas devem impactar o setor em 300 mil unidades

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Fábrica da Volkswagen – Crédito: Divulgação

O setor automotivo nacional enxerga de forma positiva a redução de impostos do governo federal, anunciada nesta quinta-feira (25).

O pacote vai incluir a redução de PIS, Cofins e IPI de veículos, com preços de mercado de até R$ 120 mil. O desconto máximo seria 10,96% e o mínimo de 1,5%.

Para o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio Lima Leite, a medida poderá aumentar a produção em até 300 mil unidades. A declaração foi dada em entrevista na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e divulgada pela Agência Brasil.

Leite ressaltou que o corte de impostos não irá causar na redução da tecnologia empregada nos carros, ou mesmo na segurança dos veículos e no cuidado ambiental.

Fenabrave

A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) também mostrou-se otimista com a ação.

“Consideramos positivas as medidas anunciadas pelo governo, relacionadas ao setor automotivo. Mas, ainda existem pontos a serem definidos, que nos permitirão uma melhor análise”, diz Andreta Jr., presidente da Fenabrave, em nota.

E completa: “pelo que foi tratado e anunciado até o momento, a Fenabrave acredita que uma provável redução dos preços dos carros, a patamares abaixo de R$ 60 mil, seja atrelada a um crédito mais farto e barato, possa alcançar os consumidores que hoje estão fora da faixa de consumo de automóveis zero km”.

No entanto, Andreta Jr. explicou que ainda é cedo para realizar projeções e estimativas de volumes e percentuais dos veículos, “sem antes ter conhecimento do decreto a ser publicado em até quinze dias e sua efetiva aplicabilidade pelas montadoras”.

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Fábrica da Nissan em Resende – Foto: Divulgação/Nissan

Pacote pode ser benéfico à economia

O pacote de medidas pode ser benéfico não apenas para o setor, mas também à economia do país.

“Essa seria uma proposta visando estimular o setor que, com a inúmeras situações de férias coletivas, corre o risco de fechamento de montadoras no Brasil. Além dos impactos econômicos, a medida evitaria a perda de postos de trabalho, uma vez que a mão de obra do setor é especializada, o que dificulta sua relocação no mercado de trabalho”, afirma Alessandro Azzoni, advogado, economista, especialista em direito ambiental e conselheiro deliberativo da ACSP, de forma exclusiva.

Azzoni compara o atual momento com o governo Dilma, que praticou uma redução de IPI.

“Como no passado, em que já tivemos situações de reduções tributarias, o governo necessita comprovar a fonte orçamentaria que vai suprir a perda de receita. Mas cabe ressaltar que no governo Dilma, por exemplo, tivemos algo parecido e o Governo não teve perda de arrecadação e sim ganhos reais, ou seja, superávit”.

“Portanto, os efeitos para a economia, manutenção e geração de postos de trabalho, poderão ser benéficos. Além do estímulo às montadoras a comprarem mais componentes nacionais, aquecendo o mercado interno, trazendo um efeito indireto ao setor automobilístico”.

O especialista indica que haverá ganhos também para o meio ambiente, uma vez que a renovação da frota com veículos mais eficientes e menos poluentes, atende questões ambientais do governo.

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