Tráfego na 1ª Avenida, em Manhattan, Nova York durante um dia chuvoso, em 27 de fevereiro de 2024
Apesar da oposição de muitos motoristas, esta foi a decisão adotada na quarta-feira (27) pela junta da Autoridade de Transporte Metropolitano (MTA) por 11 votos a 1.
A polêmica taxa pretende dissuadir a entrada de veículos nas congestionadas ruas de Manhattan e promover o uso do transporte público.
O pedágio para caminhões e alguns ônibus vai variar entre 24 e 36 dólares (R$ 120 e R$ 180) durante o dia e US$ 6 e US$ 9 (R$ 30 e R$ 45) à noite. A corrida dos táxis que circularem por esta área ficará 1,25 dólar (R$ 6,25) mais cara e US$ 2,5 (R$ 12,5) no caso de usuários de aplicativos como Uber, segundo os preços aprovados pela MTA.
A cidade de Nova York, a de tráfego mais intenso que qualquer outra nos Estados Unidos, será a primeira metrópole do país a adotar este tipo de medida, seguindo os exemplos de Londres, Estocolmo e Singapura.
Estarão isentos os veículos de emergência e os destinados a pessoas com deficiência, assim como os motoristas que permanecerem nas vias rápidas que margeiam a cidade, entre outros. Os condutores de baixa renda residentes na área afetada terão descontos.
Esta votação é “uma das mais importantes que a Junta já realizou”, disse o presidente e conselheiro-delegado da MTA, Janno Lieber, em um comunicado.
Paralelamente, a entidade reforçou o serviço em 12 linhas do metrô, redesenhou toda a rede de ônibus de Nova York e aumentou suas frequências, segundo Lieber.
O mais de um bilhão de dólares (R$ 5 bilhões) que a empresa espera arrecadar será destinado a renovar as estações de metrô para torná-las mais acessíveis, melhorar a sinalização e financiar novos projetos de expansão.
Este é o esforço mais recente das autoridades da cidade, que desde 1970 quer impor pedágios aos veículos que entram em Manhattan para reduzir o tráfego, mas também melhorar a qualidade do ar respirado por seus cidadãos.
af/llu/mvv