O RB19, considerado um dos melhores carros da história, quebrou diversos recordes na temporada de 2023 e chegou a 21 vitórias em 22 corridas realizadas — a maior eficiência em uma edição da categoria, com a Red Bull levando 95,4% dos triunfos no campeonato. Por uma questão óbvia, o modelo passou a ser inspiração aos demais na Fórmula 1, e não foi diferente com a Aston Martin. Tom McCullough, diretor de desempenho do time baseado em Silverstone, destacou que a eficiência do DRS dos taurinos saltou aos olhos e foi o foco principal na criação do AMR24.
No final do último ano, o dirigente já havia dado indícios de que a Aston Martin trabalharia nesse sentido para 2024. Em dezembro passado, McCullough afirmou que compensar o déficit do DRS contra a Red Bull era um desafio para todas as equipes. Em Baku, uma pista com um longo trecho de reta, os taurinos superavam em cerca de 30 km/h a velocidade final da Ferrari, que completou o pódio da corrida de 2023 com Charles Leclerc, quando Max Verstappen e Sérgio Pérez acionavam o dispositivo.
“A eficiência do carro e o efeito do DRS é algo que trabalhamos muito duro no ano passado”, disse o dirigente ao Formu1a.uno. “Vimos o quanto a Red Bull era forte nisso e esse foi nosso grande foco”, admitiu.
Alonso aciona o DRS durante a classificação no Bahrein (Foto: Reprodução/F1)
Em corrida, a Aston Martin iniciou o ano com discretos nono e décimo lugares de Alonso e Lance Stroll, respectivamente, no GP do Bahrein, e um quinto lugar do espanhol na Arábia Saudita, um alento ao time — que viu o espanhol terminar a prova à frente das Mercedes, uma Ferrari [Oliver Bearman] e uma McLaren [Lando Norris], apesar do acidente do canadense durante a corrida.
McCullough sabe que a Aston Martin precisa melhorar o ritmo de corrida — o que foi constatado por Alonso —, mas comemora o bom trabalho feito no desenvolvimento da asa móvel para essa temporada. O dirigente afirma que o progresso no efeito do DRS foi fundamental para as boas classificações do bicampeão mundial, que largou em sexto em Sakhir e quarto em Jedá.
“Nas curvas de alta e nas retas com o DRS, Alonso foi muito melhor. Tivemos um desempenho muito forte com o DRS, e Jedá tem três retas em que se usa a asa móvel na classificação, o que nos deu muito tempo de volta. Essa é uma das razões para a boa posição no grid de largada”, prosseguiu.
Alonso pede melhora da Aston Martin durante as corridas (Foto: Aston Martin)
McCullough também compartilha de outra opinião de Alonso: acredita que a Aston Martin pode progredir ao longo do ano para voltar a ser a segunda força da Fórmula 1, como foi no início de 2023. A inspiração do time de Silverstone é a McLaren, que ascendeu durante o campeonato passado, saindo das últimas colocações para estar no pódio com certa frequência.
“Acho que qualquer um pode ser alcançado. Olha o desenvolvimento que a McLaren teve ano passado, algo impressionante”, analisou. “Nosso foco no inverno foi criar uma boa plataforma para nos desenvolvermos. Não queremos ficar parados, ninguém quer”, finalizou.
A Fórmula 1 volta entre os dias 22 e 24 de março com o GP da Austrália, terceira etapa da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do fim de semana.
Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.
