Após ações caírem 97%, fabricante de carros elétricos se prepara para uma possível recuperação judicial
Após anos de expectativas elevadas impulsionadas pelo sucesso da Tesla, as empresas de carros elétricos agora se veem lutando pela sobrevivência.
Os problemas enfrentados pela Fisker não são novos. No mês passado, a empresa emitiu um comunicado indicando “dúvidas substanciais” sobre sua capacidade de continuar operando e anunciou negociações com investidores para obter uma injeção de capital.
Dados preliminares revelam que a Fisker registrou um prejuízo de US$ 762 milhões em 2023, um aumento de 39,2% em relação ao ano anterior. A dívida da montadora ultrapassou US$ 1 bilhão no mesmo período.
No acumulado do ano, as ações da empresa apresentam uma desvalorização de 81,1%, reduzindo o valor de mercado para US$ 190 milhões. Desde sua abertura de capital em 2020, por meio de uma Special Purpose Acquisition Company (SPAC), a Fisker sofreu uma desvalorização de mais de 97%.
O declínio da Fisker reflete o cenário desafiador enfrentado pelo mercado de carros elétricos, com a estagnação da demanda e a intensa competição pressionando muitas empresas a reduzirem os preços de seus veículos. Além disso, muitas dessas empresas têm enfrentado dificuldades para viabilizar a produção em massa de seus automóveis.
Se a Fisker de fato entrar com um pedido de recuperação judicial, será o segundo colapso de uma montadora fundada pelo ex-designer Henrik Fisker, responsável por modelos icônicos da BMW e da Aston Martin. Sua primeira empresa, a Fisker Automotive (mesmo nome da atual), entrou com pedido de proteção judicial em 2013.