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Após acidente fatal, organizadores do Moto1000GP garantem que categoria é segura

Os organizadores do Moto1000GP, principal categoria brasileira de motovelocidade, se pronunciaram nesta segunda-feira sobre o acidente ocorrido no último final de semana, que ocasionou a morte dos pilotos Érico Veríssimo e André Veríssimo. Gilson Scudeler, CEO da competição, e Marcus Vinícius de Oliveira, diretor de prova, defenderam a segurança da competição.

No último domingo, durante a quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, André Veríssimo perdeu o controle de sua moto e caiu após uma curva. O piloto ficou no meio da pista e tentou sair correndo, porém foi atropelado por Érico Veríssimo, que vinha logo atrás e não teve tempo de desviar. Ambos chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos ferimentos.

Gilson Scudeler garantiu que a Moto1000GP segue todos os padrões de segurança estabelecidos pela Federação Internacional de Motociclismo. O CEO também defendeu o circuito de Cascavel, que classificou como um dos “melhores asfaltos” do Brasil.

“O que eu, Gilson Scudeler considero mais importante é ressaltar que nós seguimos todos os padrões de segurança. A parte médica, a qualificação dos pilotos e até questões contratuais seguem o padrão internacional estabelecido pela Federação Internacional de Motociclismo. O evento conta com membros da FIM em todas as provas, que nos acompanham e, junto com a organização, verificam todas essas questões”, afirmou.

“Em relação ao circuito, são realizadas vistorias prévias a fim de adequá-los para provas de motovelocidade. Cascavel, em particular, conta com um recente recapeamento, com um dos melhores asfaltos dos circuitos brasileiros. Conta também com zebras desenvolvidas especialmente para motocicletas, seguindo o padrão internacional proposto pela FIM”, completou Gilson Scudeler.

Marcus Vinícius Oliveira, que era o diretor de prova no momento do acidente, afirmou que a categoria deu todo o suporte possível, com um atendimento rápido. Ele também saiu em defesa do circuito.

“Eu, Marcus Vinícius de Oliveira, como diretor de prova, já atuei em quatro etapas da MotoGP, quando foram disputadas no Rio de Janeiro. O que eu posso dizer é que o acidente não tem nada a ver com o circuito. Esse tipo de acidente é o mais grave dentro da motovelocidade. É o único tipo de acidente que nós, enquanto membros e comissário internacionais homologados pelo braço latino-americano da Federação, não conseguimos uma proteção efetiva”, comentou.

Confira a nota oficial na íntegra com o pronunciamento do Moto1000GP:

“A fim de esclarecer alguns fatos a respeito do trágico acidente que vitimou os pilotos Érico Veríssimo da Rocha e André Veríssimo Cardoso na tarde de domingo (27), durante a quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, a organização do Moto1000GP manifestou-se na tarde desta segunda-feira (28) para um grupo de jornalistas em Cascavel. A íntegra desta declaração você confere a seguir:

O que eu, Gilson Scudeler (CEO do Moto1000GP) considero mais importante é ressaltar que nós seguimos todos os padrões de segurança. A parte médica, a qualificação dos pilotos e até questões contratuais seguem o padrão internacional estabelecido pela Federação Internacional de Motociclismo. O evento conta com membros da FIM em todas as provas, que nos acompanham e, junto com a organização, verificam todas essas questões.

Nós fazemos tudo o que é possível para minimizar um acidente. É uma preocupação minha porque eu também fui piloto. Eu tenho mais de 30 anos de carreira, tenho mais de oito títulos no Brasil e fora do Brasil. Uma das premissas do Moto1000GP é a segurança. Desde que eu iniciei o campeonato, em 2011 (a primeira fase foi de 2011 até 2015) os padrões que eu seguia eram para dar segurança e conforto para todos os pilotos. Essa é a primeira coisa que é importante todos entenderem. É um acidente realmente muito grave, tudo que podia ser feito para que esses pilotos tivessem em vida hoje, foi feito. Infelizmente os ferimentos foram gravíssimos e eles não resistiram. Para nós, que vivemos o motociclismo, é muito difícil quando você tem um acidente nessa proporção e você não tem o que fazer.

A inscrição dos pilotos segue uma avaliação curricular e uma quantidade máxima de pilotos em pista também é levada em consideração para a admissão. Os nossos procedimentos de segurança seguem padrões internacionais. Realizamos vistorias prévias em todos os equipamentos dos pilotos e na motocicleta, a fim de prevenir acidentes em pista.

Em relação ao circuito, são realizadas vistorias prévias a fim de adequá-los para provas de motovelocidade. Cascavel, em particular, conta com um recente recapeamento, com um dos melhores asfaltos dos circuitos brasileiros. Conta também com zebras desenvolvidas especialmente para motocicletas, seguindo o padrão internacional proposto pela FIM.

Seguindo as medidas de segurança, o Moto1000GP mantém em seu staff um chefe-médico que acompanha todas as provas do campeonato, mantendo um padrão de atendimento. Ele também fiscaliza a qualidade dos equipamentos e profissionais da saúde contratados para fornecer o suporte completo. Em Cascavel, assim como em todas as etapas realizadas, estavam disponíveis seis unidades de atendimento médicas, sendo elas: ambulatório, medical car, três unidades de UTI avançadas e uma ambulância de suporte básico.

Eu, Marcus Vinícius Oliveira, como diretor de prova, já atuei em quatro etapas da MotoGP, quando foram disputadas no Rio de Janeiro. O que eu posso dizer é que o acidente não tem nada a ver com o circuito. Esse tipo de acidente é o mais grave dentro da motovelocidade. É o único tipo de acidente que nós, enquanto membros e comissário internacionais homologados pelo braço latino-americano da Federação, não conseguimos uma proteção efetiva.

O medical car chegou em 21 segundos. A ambulância chegou 20 segundos depois. O primeiro atendimento, com dois médicos, UTI e equipe especializada demorou 41 segundos. Todas as decisões tomadas seguiram protocolos internacionais de extrema segurança: em primeiro lugar a segurança e em segundo a agilidade.

O que aconteceu é um duro golpe, não temos dúvida disso. Nós trabalhamos com esporte, com regras esportivas, mas, acima de tudo, nós trabalhamos com a vida, que é a nossa prioridade.

Mais uma vez, inteiramos que o Moto1000GP é solidário aos pilotos, familiares e amigos.”

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