A Anfavea, entidade que representa as montadoras, atribuiu à maior entrada de carros importados no País o desempenho em direções opostas das vendas, em alta, e da produção de veículos, em baixa. Desde o início do ano, as importações de veículos tiveram crescimento de 27%, ou 57,6 mil unidades a mais do que nos dez primeiros meses de 2022.
Só em outubro, as importações cresceram 55,4% frente ao mesmo mês do ano passado e 14,3% na margem – ou seja, ante setembro -, somando 34,3 mil veículos na soma de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.
O crescimento das vendas no mês passado, conforme a Anfavea, foi impulsionado pelas entregas de automóveis a locadoras, que cresceram 29% na margem.
Segundo Leite, o varejo, afetado por restrições de crédito, não cresce na mesma proporção dos negócios com locadoras, fechados com descontos, embora as vendas não estejam ruins. “O desafio do setor é crescer por varejo”, declarou o presidente da Anfavea.
Por outro lado, as exportações mostram queda expressiva em alguns mercados, incluindo a Argentina, para onde os embarques recuaram 36% de setembro para outubro. O aumento das vendas para México e Uruguai ajudou que as exportações não desabassem para o pior mês de todo o ano, disse o presidente da Anfavea.
“Se tivéssemos número menor de importações ou se tivéssemos mantido as exportações no mesmo patamar do ano passado, teríamos mais 60 mil unidades produzidas no Brasil”, declarou Leite, referindo-se à produção do mês passado, de 199,8 mil veículos.
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