BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A ANP (Agência Nacional do Petróleo) entrou em um cabo de guerra com as grandes distribuidoras de combustíveis. As empresas, representadas pelo Instituto Combustível Legal (ICL), tentam minar a difusão das chamadas bombas brancas em postos de marca, uma das estratégias da agência para aumentar a competitividade e forçar a queda dos preços.
Há cerca de um ano, a ANP permitiu que postos bandeirados (aqueles que ostentam a marca de uma fornecedora, como Shell, BR e Ipiranga) pudessem manter ao menos uma bomba para a venda de combustível de fornecedores concorrentes o que era proibido antes.
O ICL, que tem entre suas associadas as maiores distribuidoras do país, afirma que essa mudança trouxe insegurança ao mercado porque, supostamente, permite que os clientes comprem combustível sem saber a procedência. Também alega que as novas regras possibilitaram aumento de infrações nos postos.
A ANP nega. Em nota, a agência afirmou nesta segunda (7) que o comerciante precisa informar em cada equipamento de qual empresa veio a mercadoria, o que afasta risco de o consumidor ser enganado ao abastecer.
A bomba branca é parte de uma estratégia da ANP de abertura do mercado como forma de derrubar o preço dos combustíveis.