O magnata do setor automotivo Carlos Ghosn abriu um processo de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,7 bilhões) contra a Nissan e cerca de uma dúzia de indivíduos em Beirute, no Líbano, pelo que ele diz ser desinformação espalhada contra ele, disseram autoridades libanesas na terça-feira, 20. De acordo com as autoridades, o processo de Ghosn acusa a Nissan e os indivíduos de difamação e de “fabricação de acusações” que teriam resultado em sua prisão no Japão.
O processo foi aberto no mês passado, disseram as autoridades judiciais, falando sob condição de anonimato para discutir o caso. Eles não identificaram os indivíduos que Ghosn está acusando.
De acordo com o juiz Sabbouh Suleiman, que está na promotoria de Beirute, foi marcada para setembro uma audiência sobre o caso que Ghosn está movendo no Líbano.
As autoridades judiciais que falaram com à Associated Press afirmaram que a Nissan e os indivíduos acusados devem enviar representantes a Beirute ou nomear um advogado libanês para representá-los.
Ele agora mora no Líbano, que não tem tratado de extradição com o Japão e não extradita seus cidadãos. Ghosn tem cidadanias do Líbano, da França e do Brasil. Renault e Nissan têm se distanciado do escândalo Ghosn.
O Líbano recebeu três notificações da Interpol com base em mandados de prisão no Japão e na França para Ghosn. Na França, ele enfrenta uma série de desafios legais, incluindo sonegação de impostos e suposta lavagem de dinheiro, fraude e uso indevido de ativos da empresa enquanto esteve à frente da aliança Renault-Nissan. Fonte: AP
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