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Nissan Sentra

Avaliação: Nissan Sentra, uma nova oportunidade

Mantendo o nome que se origina em “kentron” (centro), a oitava geração do Nissan Sentra segue no encalço do líder de vendas Corolla

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Nissan Sentra. Foto: Divulgação

“Não tem cara de tiozão”, dizia, há tempos, a propaganda da sexta geração do Nissan Sentra. Mantendo o nome que se origina em “kentron” (centro), a oitava geração segue no encalço do líder de vendas Corolla. Em um segmento que perdeu vendas para os SUVs, aproveita, também, a janela de oportunidade no mercado aberta pela mudança do Honda Civic, que era a principal alternativa ao Toyota, mas virou híbrido e importado e passou de R$ 240.000.

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Para combater os onipresentes SUVs e sua versatilidade extra, o Sentra bebericou na mesma fonte do Altima e do Maxima à venda nos Estados Unidos: aposta em um visual arrojado e um pacote recheado para manter os admiradores dos três-volumes. Ele chega em duas versões: Advance (R$ 148.490) e Exclusive (R$ 171.590, indo a R$ 173.290 com o interior Premium em tom areia).

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A arquitetura CMF-C/D possibilitou crescer 10 mm no comprimento (indo a 4,64 m), 55 mm na largura (1,82 m) e 7 mm no entre-eixos (2,707 m). O Nissan Sentra ficou mais dinâmico, com faróis/luzes de neblina afilados (de LED), rodas de liga leve de 17” e traseira com lanternas tipo bumerangue – como no Versa. A pintura da carroceria pode ser em duas tonalidades.

No interior, destacam-se o acabamento, tanto pelos materiais quanto pelos arremates, assim como os bancos dianteiros/traseiros com tecnologia “zero gravity” são excelentes e não cansam após longos trajetos. Os comandos ficam à mão, com coluna de direção que é regulável amplamente em altura e profundidade, e o volante de base achatada tem ótima empunhadura. Há detalhes que imitam fibra de carbono e saídas de ar inspiradas no GT-R.

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Diante dos olhos do motorista, o quadro de instrumentos mescla o velocímetro e o conta-giros analógicos com a tela TFT de 7” que mostra informações do carro. Outros destaques são o ar-condicionado de duas zonas, as entradas USB, sendo uma USB-C de carga rápida, o teto solar, o sistema multimídia de 8” com Apple CarPlay/Android Auto sem fio e áudio assinado pela Bose (com oito-falantes).

Do lado negativo, o freio de estacionamento é acionado por pedal, como no Toyota Corolla Cross. Não agrada no Brasil, mas trata-se de uma característica de mercado: feito no México, este Sentra também é vendido nos EUA, onde isso é normal. Quem viaja atrás tem bom espaço para as pernas, graças ao entre-eixos de 2,707 metros. O compartimento de bagagens acomoda 466 litros, mais que na maioria dos SUVs e dentro da média do segmento.

RECEITA TRADICIONAL

Apesar de não ter eletrificado nem turbinado o Sentra, a Nissan adotou a moderna terceira geração do clássico propulsor quatro cilindros 2.0 aspirado (MR20 DD). Com adoção do ciclo Atkinson e de injeção direta, ele ganha economia e vem conectado ao câmbio CVT (continuamente variável) com oito marchas simuladas e entrega 151 cv e 196 Nm (20 kgfm) de torque com gasolina – diferentemente da unidade antiga, esta nova configuração ainda não é flex.

Embora não seja sobrealimentado com turbo, mostra boa disposição (graças à relação peso-potência de 9,14 kg/cv) em arrancadas e retomadas. A caixa CVT permite fazer trocas sequenciais e andar sempre em baixos giros – a 120 km/h, fica na faixa das 2.000 rpm, o que contribui para o conforto acústico e para o consumo. Aliás, neste ponto o Sentra surpreendeu: nossas médias rodoviárias, pelo computador de bordo, ficaram acima de 20 km/l com o ar-condicionado ligado e respeitando os limites de velocidades. O PBEV não é tão positivo – a conferir quando passarmos mais tempo com o carro.

Outros pontos altos são o isolamento acústico e a maciez de rodagem. Afinal, as suspensões com arquitetura MacPherson na dianteira e (enfim) multilink atrás filtram e absorvem bem irregularidades e impedem a rolagem excessiva da carroceria nas curvas contornadas rapidamente (a rigidez torsional aumentou em 41%). As rodas aro 17 calçam pneus 215/50 e a direção é rápida e precisa ao esterço, enquanto as frenagens eficientes são asseguradas por discos tanto na dianteira quanto na traseira.

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Em prol da segurança, há um sensor de colisão frontal com frenagem automática de emergência, além de alertas de mudanças de faixas, fadiga do motorista, de pontos cegos e de tráfego cruzado traseiro. Ainda há piloto automático adaptativo (mantém a distância do veículo à frente), monitoramento da pressão dos pneus, seis airbags, controles eletrônicos de tração e de estabilidade, auxílio de partida em rampas, sensores de estacionamento frontais e traseiros e câmera 360º com sensor de movimento.

Enfim, depois de quase dois anos, o Sentra volta para tentar aproveitar uma oportunidade do mercado: importado do México, tem flexibilidade nos preços e reúne atributos para ser uma opção aos clientes a fim de fugir do lugar comum dos SUVs ou aqueles em busca de um sedã confortável e bom de guiar, mas não quer ou não pode gastar mais nos Corolla e Civic híbridos e, pelo mesmo valor do Sentra, não curte os pacotes, ou o visual já mais cansado, do Chevrolet Cruze e do líder de vendas.

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