Belo Horizonte tem quase 10% táxis a menos rodando do que antes da pandemia. Hoje são pouco mais de 6 mil, sendo que em dezembro de 2019 eram cerca de 6.750, segundo a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). E essa quantidade está bem abaixo do que é estabelecido em decreto municipal: que a cidade tem que ter 7.500 permissões ativas.
O presidente do sindicato dos taxistas de Minas, João Paulo de Castro, acredita que a competição com os aplicativos e a pandemia são motivos para ter menos táxis rodando na capital. “A gente já vem passando momentos difíceis desde no início da concorrência desleal dos aplicativos. Isso fez com que muitos taxistas colocassem suas permissões na reserva. Para piorar, tivemos a pandemia. Muitos eram do grupo de risco e outros faleceram”, afirmou.
Nos pontos de táxi, os trabalhadores contam que o movimento melhorou depois da época do coronavírus, e quais as dificuldades do dia a dia que não foram suficientes para desistir da profissão. Márcio Macedo do Vale é taxista há 28 anos e ficou sete meses parado. “Peguei um carro fiado, mas Graças a Deus, consegui pagar. Foi uma barra, mas a demanda está melhorando”, disse.
O colega de profissão, Hugo Antônio de Oliveira disse que já pensou deixar o táxi. “A maior dificuldade hoje é o trânsito, que é muito pesado e a rotina de trabalho é grande. O táxi é uma paixão porque só quem gosta consegue aguentar”, contou.
Já a Ariete Gil preferiu chamar um carro de aplicativo após desembarcar na rodoviária, simplesmente porque é mais barato. “A variação de preços é enorme”, finalizou.