A Tembici, dona das bicicletas “laranjinhas”, e a Uber anunciaram nesta quarta, 5, uma parceria para oferecer as bikes comuns e elétricas da marca aos usuários do aplicativo de transporte. O projeto terá início no Recife (PE) neste mês, e o objetivo é estendê-lo às demais praças de atuação da startup – e que incluem Brasília, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e também na América Latina até o fim deste ano. Os termos financeiros do acordo não foram divulgados.
“Essa parceria é um ganha-ganha. A Tembici ganha podendo distribuir o serviço de bicicletas para milhões de usuários da Uber, que ganha disponibilizando um novo modal aos seus clientes, sustentável, mais ágil e que descarboniza as cidades”, disse o presidente e cofundador da Tembici, Tomás Martins, ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).
Com uma frota de 22 mil “laranjinhas”, a meta é encerrar 2023 com 30 mil bicicletas, sendo dez mil no modelo elétrico, em um esforço para suprir a demanda adicional que virá da parceria com a Uber. No ano passado, a Tembici renovou o seu principal contrato, com o Itaú Unibanco, por mais uma década. Além disso, tem parceria com a operadora Claro, em Brasília, e o iFood no Rio, enquanto em praças da América Latina suas bicicletas também levam a marca da MasterCard.
Nova aposta
“Essa parceria mostra o papel importante que as opções sem carro desempenham cada vez mais na estratégia da Uber para chegar a emissões zero de carbono, fornecendo aos usuários formas sustentáveis, acessíveis, e convenientes para viajar”, disse a chefe global de micromobilidade da Uber, Annie Duvnjak, ao comentar o acordo com a Tembici.
Com problemas de resultados e restrições regulatórias, o negócio de micromobilidade enfrenta desafios ao redor do mundo. No mais recente revés do setor, a prefeitura de Paris decidiu proibir o uso de patinetes elétricos compartilhados após decisão dos moradores da capital francesa.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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