Sérgio Sette Câmara é uma das estrelas da primeira visita da Fórmula E no Brasil. O piloto mineiro da NIO fez praticamente toda a carreira de monopostos na Europa, e após passagens por categorias como F3 Euro e Fórmula 2, se consolidou no campeonato elétrico e é uma das figuras mais badaladas do evento que acontece em São Paulo.
“Primeira vez pra mim correndo no Brasil nesse nível. Eu sinto que é bem diferente, um pouco estranho o pessoal estar falando português, mas tenho me sentido muito abraçado, os amigos e família vindo aqui para a corrida. E é uma mistura entre mais responsabilidades, compromissos, patrocinadores, imprensa, atender família e amigos. Mas em troca você recebe energia positiva, torcida e companhia boas, e por enquanto tem sido uma experiência muito legal”, declarou Sérgio.
Sobre o circuito montado no Sambódromo do Anhembi, Sérgio chamou atenção pela longa reta – a maior do calendário – e crê que a vantagem estará com os pilotos de Porsche e Jaguar. A fábrica alemã é a líder do Campeonato de Pilotos, com Pascal Wehrlein, e também o Campeonato de Construtores.
“A pista aqui tem a maior reta do campeonato, então vão ter muitas ultrapassagens. Vai ser muito difícil segurar um carro que tem mais ritmo durante a corrida. A Porsche e a Jaguar vão ter uma vantagem boa, porque eles têm o motor mais eficiente de todos. Então a gente vai ter que se classificar bem e na corrida ficar no vácuo. Os carros são muito sensíveis ao vácuo, você já ganha muita eficiência só de ter um carro na frente quebrando a barreira do ar”, seguiu.
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A longa reta de São Paulo deve proporcionar uma curiosa batalha de vácuo entre os pilotos no Anhembi. Sérgio falou sobre como vai tentar otimizar as oportunidades de ganhar posições em situações de bandeiras amarelas e safety-car, algo que o mineiro conta que pode acontecer no sábado.
“Então, andar o mais colado possível do carro da frente e tentar manter a posição, ou quem sabe andar um pouco pra frente e sair fora de batida. Vai ter muita gente tentando ultrapassar, como eu disse. Isso leva a ter mais safety-car e bandeira amarela. Vai ter que ser muito inteligente e tentar otimizar, mas não é aquela corrida que você consegue classificar bem e manter a posição na corrida, muito difícil manter”, concluiu.
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