LONDRES, REINO UNIDO (UOL-FOLHAPRESS) – A Ford anunciou seu retorno à Fórmula 1 por meio de uma parceria com a Red Bull nesta sexta-feira (3) em evento em Nova York. A gigante norte-americana, que fez história na categoria colecionando títulos principalmente na década de 1970, voltará em 2026, quando o esporte terá um motor com mais eletrificação do que o atual e combustível totalmente renovável. No momento, a F1 usa combustível com 10% de etanol.
“Este é o início de um novo capítulo na história”, disse Bill Ford. “Uma história que começou quando meu bisavô ganhou uma corrida que ajudou a lançar nossa empresa. A Ford está voltando ao topo do esporte, trazendo consigo sua longa tradição de inovação, sustentabilidade e eletrificação a uma das vitrines mais importantes do mundo”.
A unidade de potência de 2026 está se provando um grande sucesso para a Fórmula 1. A Audi já está inclusive trabalhando no projeto do novo motor e iniciou o processo de aquisição do controle da equipe Sauber. A Honda, que tinha saído oficialmente da Fórmula 1, assinou o compromisso de retornar em 2026. E a Porsche ainda não desistiu de também voltar à categoria mesmo depois das negociações com a Red Bull fracassarem.
Foi justamente após esse colapso que a Ford se tornou uma opção para os atuais campeões do mundo, que buscavam um parceiro para desenvolver seus próprios motores por meio da Red Bull Powertrains.
Não é à toa que Domenicali cita a plataforma da F1, uma vez que a categoria tem apostado alto em crescer no mercado norte-americano, aproveitando o sucesso da série da Netflix “Dirigir para Viver” no país. Em 2023, os EUA terão três GPs ao longo da temporada, em Austin, Miami (prova que estreou ano passado) e fará sua primeira corrida nas ruas de Las Vegas.
Além da Ford, outra gigante automotiva dos EUA que anunciou sua intenção de entrar na Fórmula 1 recentemente foi a General Motors, por meio da Cadillac. Trata-se de uma parceria com a também norte-americana Andretti, que busca conseguir um lugar no grid nos próximos anos. A Federação Internacional de Automobilismo, inclusive, anunciou a abertura oficial do processo de seleção de novas equipes. Não existe, no entanto, garantia de que algum novo time será aceito.