RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta segunda-feira (31) quatro integrantes de um motoclube no Méier, zona norte do Rio, por suspeita de apologia do nazismo.
De acordo com o delegado Felipe Santoro, titular da 26ª DP (Todos os Santos), responsável pela investigação, os coletes dos integrantes do motoclube Satan’s têm símbolos nazistas, como a sigla SS, referência a Schutzstaffel, organização paramilitar de segurança do regime liderado por Adolf Hitler.
Philipe Ferreira Ferro de Lima, diretor do motoclube, responderá por prática dos delitos tráfico de drogas, organização criminosa e crime de apologia ao nazismo. Rafael Ferreira Santos, outro integrante do grupo, também foi preso por suspeita de crime de apologia do nazismo.
A polícia não informou se os suspeitos apresentaram advogados.
Em publicações nas redes sociais, o perfil do motoclube afirma apoiar “a liberdade de um cidadão pai de família ter uma arma em casa”, e que o clube é “patriota e nacionalista, conservador nos costumes, mas não politizado”.
Barbosa e Perello foram abordados por agentes na segunda-feira. Eles conduziam uma motocicleta com placa adulterada e usavam coletes do motoclube. Com a dupla, os policiais encontraram revólver, munição e duas facas.
“Eles se organizavam para cometer crimes, ostentavam em seus coletes símbolos nazistas para intimidar as pessoas, que ficavam com medo de denunciá-los”, afirma o delegado Felipe Santoro.
Lima já havia sido preso por crime de apologia do nazismo em 2013. Segundo a polícia, ele agrediu um homem por razões discriminatórias, em Niterói.
“Há pelo menos dez anos o acusado vem se dedicando à prática racista e discriminatória”, diz Santoro.