O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli determinou na 3ª feira (6.jun.2023) a suspensão dos processos envolvendo o empresário Antonio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia. A decisão estabelece a suspensão das ações em tramitação na 13ª Vara Federal em Curitiba e no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).
Os autos dos processos deverão ser enviados ao STF e nenhuma decisão poderá ser proferida nos casos. A ordem de Toffoli veio depois de o empresário dizer em uma entrevista que teria sido usado como “agente infiltrado” pelo ex-juiz, hoje senador, Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores da Lava Jato para gravar investigados nos processos e “perseguir o PT”.
Tempos depois, o MPF (Ministério Público Federal) pediu a suspensão do acordo por “suposta omissão” e pediu a reativação do processo.
Segundo a defesa, em março de 2021, Tony Garcia foi ouvido pela juíza Gabriela Hardt, substituta de Moro, e relatou o “cometimento de crimes” pelo ex-juiz na condução do processo. Em novembro de 2022, a magistrada declarou a rescisão do acordo de colaboração conforme pedido do MPF.
Defesa
Gabriela Hardt se declarou suspeita para continuar julgando o processo sobre Tony Garcia. Ela afirmou que está processando o acusado.
“Uma vez que esta magistrada protocolou perante o Ministério Público Federal nesta data representação criminal por crime contra honra, que entende tenha sido cometido em razão da minha atuação como magistrada pelo réu Antonio Celso Garcia, declaro minha suspeição por motivo superveniente de foro íntimo”, escreveu.
Com informações da Agência Brasil.
