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Uma mentalidade distinta: 'A Suzuki era uma construtora diferente dos outros japoneses' - Davide Brivio

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Uma mentalidade distinta: ‘A Suzuki era uma construtora diferente dos outros japoneses’ – Davide Brivio

Parte do sucesso da Suzuki na MotoGP deve-se à forma diferente como fazia as coisas e, acima de tudo, como era feita a comunicação entre os engenheiros da equipa e os engenheiros na sede, no Japão.

‘A Suzuki era uma construtora diferente dos outros japoneses. Quando construímos este projeto tivemos isso em mente, este início de mudança de mentalidade, e resultou. Um exemplo disso é pelo menos duas vezes por ano os nossos engenheiros italianos iam ao Japão para explicar o ponto de vista deles em relação a certos problemas encontrados em pista. Como é evidente não iam lá dar ordens, mas sim explicar, na nossa opinião, o que é melhor para a moto, não só para o ano que decorre como para o ano seguinte. Basicamente diziam ‘precisamos disto’ e os engenheiros japoneses do departamento de competição estudavam a situação e os dados que lhes fornecíamos. No início eles estavam céticos, mas depois passaram a ser eles que nos perguntavam sempre pelos dados que tínhamos e usavam-nos frequentemente. É claro que na altura eles faziam o que achavam ser o melhor, mas conseguíamos passar informação para eles que em condições normais era complicado eles terem acesso. E lentamente fomos melhorando até ganharmos em 2020…e não tínhamos o orçamento que os outros sempre tiveram. Digamos que nunca fomos aquela equipa tipicamente antiquada.’

O dirigente italiano deu depois exemplos de como a equipa trabalhava, revelando ser absolutamente crucial e adaptar o discurso na comunicação entre pilotos e engenheiros e acima de tudo entre os engenheiros europeus e os japoneses:

 – Vou tentar exemplificar mesmo não sendo um engenheiro. Numa equipa antiquada o piloto diz: ‘A nossa moto não trava como a Ducati’. E a equipa diz ao engenheiro nipónico: ‘Temos de melhorar a travagem’. Certo, e depois o que se passa? Não é explicado como fazer as coisas, pelo que o engenheiro tem um problema para resolver mas sem determinada informação que lhe seria útil para trabalhar. Tem de olhar para a natureza do problema e esperar que a equipa trabalhe como é hábito. Mas é muito diferente chegar ao pé do engenheiro e dizer: ‘Fizemos uma comparação com a Ducati, e com base nos nossos dados e análises, vims que trava em média sete metros mais à frente’. E podemos provar o que dizemos com a informação recolhida. Podemos explicar, por exemplo: ‘Acreditamos que eles têm esta diferença técnica que os está a ajudar, mas temos de compensar de alguma maneira…’ Ou seja, falando assim é mais fácil entender os problemas e resolvê-los. Mas para fazer discursos como os exigidos temos de ter o apoio de um analistas e engenheiro de grande nível, pessoas que os entendam e que saibam como se explicar.

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