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Volkswagen completa 70 anos de Brasil com carro elétrico e expectativa por híbrido flex

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Volkswagen escolheu um carro elétrico para marcar seus 70 anos de atuação no Brasil. A marca confirmou nesta quinta (23) que o utilitário esportivo importado iD.4 será vendido no país a partir do segundo semestre. É uma forma de mostrar que a empresa está atenta ao futuro, mas há outros passos a serem dados no tempo presente.

No anúncio feito pela montadora, foi ressaltado que o novo SUV faz parte de um pacote de 15 lançamentos até 2025. Entre eles estão opções que conciliam etanol, gasolina e eletricidade, conhecidos como carros híbridos flex.

“O etanol se mostra uma oportunidade de rápida redução de CO2 para o Brasil e regiões similares, em que veículos elétricos a bateria, tendência na Europa e em outros mercados, devem demorar mais a ganhar volume devido ao custo inicial e à infraestrutura de carregamento”, diz Roger Guilherme, gerente do Volkswagen Way to Zero Center.

Ele já estava na VW em março de 2003, quando o pioneiro Gol Total Flex foi lançado. Na época, o carro celebrou os 50 anos de atuação da marca no país. O novo marco une as tecnologias.

Guilherme afirma que sistemas mais avançados de injeção de combustível e veículos mais eficientes quando abastecidos com etanol são a opção ao Brasil. “As combinações com motores elétricos também devem ficar mais comuns.”

A primeira empresa a lançar modelos híbridos flex no Brasil foi a Toyota. O sedã Corolla estreou essa opção em setembro de 2019. A versão Cross, com carroceria SUV, chegou em março de 2021.

Ambos funcionam da mesma forma. A partida ocorre sempre no modo elétrico, capaz de fazer o carro rodar por poucos quilômetros sem queimar combustível. O segredo está na alternância dos modos de energia -que permite gastar menos, principalmente na cidade.

Os motores também podem trabalhar em conjunto, condição em que disponibilizam 123 cv de potência. Ao frear, parte da energia gerada serve para recarregar a bateria instalada sob o banco traseiro. O acumulador é pequeno, com cerca de um metro de comprimento.

O sistema usado pela Toyota foi desenvolvido nos anos 1990 e largamente usado mundo afora. A adaptação ao etanol, contudo, não foi simples.

Os primeiros testes da montadora foram feitos com unidades do Prius. Houve modificações constantes das peças e da programação do sistema de injeção eletrônica para chegar a um resultado satisfatório.

A Volkswagen também enfrentou dificuldades durante o desenvolvimento do primeiro carro flex.

Roger Guilherme lembra que um dos maiores desafios foi ajustar o software que identificava o combustível. “Determinar matematicamente qual era a mistura etanol-gasolina presente no tanque exigiu muitas análises e testes, visando definir ações para mitigar os riscos de uma falsa interpretação [do sistema] e suas consequências.”

Superados os problemas, a utilização do etanol combinado à eletricidade apresenta vantagens ambientais e economia de combustível. Segundo dados aferidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia, um sedã Corolla Hybrid (R$ 181 mil) consegue rodar 13 km na cidade com um litro de álcool.

Outras marcas desenvolvem modelos híbridos flex para o mercado nacional. A GWM vai adotar essa tecnologia na futura picape produzida em Iracemápolis (interior de São Paulo). O grupo Stellantis também confirmou que vai lançar modelos desse tipo em suas diferentes marcas.

“Para o Brasil, as jogadas são a eletrificação, que vai ampliar seus volumes, o etanol e também a combinação desse etanol a motores elétricos, com localização dessas tecnologias. É um ciclo virtuoso que o país pode encarar”, disse Antonio Filosa em entrevista à Folha realizada em 2022.

Não se sabe, contudo, como serão os carros híbridos flex que concorrerão com a linha Toyota. Espera-se algo não muito diferente ou sofisticado, pois será preciso lançar modelos compactos, de menor preço, com essa tecnologia.

História da VW no Brasil começou com o Fusca A produção nacional da Volkswagen teve início em 23 de março de 1953, em um galpão alugado no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo. Na época, 12 operários montavam o Fusca, que se chamava Sedan 1200.

A Kombi chegou em 1957 seguindo o mesmo método de montagem. A van foi o veículo mais longevo da indústria nacional, permanecendo em linha até o fim de 2013.

A fábrica de Anchieta foi inaugurada em 18 de novembro de 1959. Desde então foram produzidos cerca de 25 milhões de veículos da marca no país em plantas localizadas nos estados de São Paulo e do Paraná.

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