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Trabalhadores da GM e Volkswagen entram em férias coletivas

Cerca de 5.000 funcionários das montadoras Volkswagen e GM (General Motors) iniciaram nesta 2ª feira (27.mar.2023) férias coletivas. Além das duas empresas, Hyundai e Stellantis também concederam pausas e vão hibernar fábricas.

A GM disse que pretende realizar um “ajuste temporário” na produção. A companhia vai conceder férias coletivas até meados de abril a cerca de 3.000 trabalhadores de São José dos Campos (SP). Na Volkswagen de Taubaté (SP), o afastamento será de 10 dias para 2.000 funcionários. Então, um novo período de pausa será adotado para 900 empregados, que só retornam depois de 21 de abril.

A Hyundai iniciou o período de férias coletivas em 20 de março, com retorno em 3 de abril. A pausa vale para os funcionários de sua fábrica em Piracicaba (SP). Segundo a companhia, o objetivo é “adequar os volumes de produção para o mês de março, evitando a formação de estoques e acompanhando a dinâmica do mercado interno de veículos para o primeiro trimestre do ano”.

Já a Stellantis iniciou em 22 de março o período de férias coletivas dos funcionários de 2º turno da fábrica em Goiana (PE). Eles ficam em casa até 10 de abril. A montadora detém marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën.

Nesta 2ª feira (27.mar), a montadora interrompeu também as atividades dos 1º e 3º turnos, com retorno em 6 de abril. Segundo a empresa, “a medida se deve à necessidade de ajustar o volume de produção à disponibilidade de componentes”.

ANFAVEA FALA EM OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO

A produção nacional de veículos caiu 2,9% em fevereiro de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Foram fabricados 161,2 mil veículos –o menor número para o mês desde 2016.

Ainda assim, as montadoras sentiram a necessidade de interromper a produção e conceder férias coletivas a alguns funcionários. Na última 4ª feira (22.mar), o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, negou que haverá demissão em massa no setor.

“Não acredito [em demissões em massa]. Nós temos uma oportunidade muito grande de crescimento, e isso foi apresentado inclusive com exportações, mercado local. O que limitava nosso crescimento eram os semicondutores e hoje a realidade é que a crise de semicondutores está ficando para trás”, disse em entrevista a jornalistas.

Lima Leite afirmou que o foco do setor está nas exportações e em convergências regulatórias. O presidente da Anfavea mencionou a possibilidade de concessão de créditos tributários para fazer o segmento automobilístico avançar.

“O setor, por exemplo, tem hoje R$ 15 bilhões de créditos de tributos que poderiam ser usados em investimento, em geração de emprego e hoje o dinheiro fica sem fazer a economia girar”, disse.

Ele defendeu um estímulo à compra de novos veículos: “Há 2 anos e meio, o mercado [automobilístico] vendia 70% a prazo e 30% à vista. Nesse mês, nós estamos vendendo 70% à vista e 30% a prazo. O que isso significa? Que esse consumidor desapareceu e ele está indo para o mercado de usados. Temos que ter uma atenção especial para voltar com esse mercado em patamares elevados.”

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