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Teste rápido: Fiat Cronos Drive 1.3 CVT coloca sedã em posição de destaque

Um dos poucos sedãs automáticos abaixo dos R$ 100 mil anda bem, tem bom espaço, mas deve equipamentos

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Lançado em 2018, o Fiat Cronos nunca conseguiu o mesmo sucesso do irmão, o Argo. Até 2021, viveu em uma faixa de vendas intermediária, longe dos líderes e do fim da lista entre os sedãs compactos. Em 2021, já se colocou em uma parte superior, brigando com o VW Voyage e observando de longe o líder, Chevrolet Onix Plus, com 27.887 unidades emplacadas, melhor resultado desde 2018, seu primeiro ano, com 29.307 unidades.

A linha 2023 do Fiat Cronos veio agressiva. Com preços competitivos no segmento, chegou com a versão 1.0 para substituir o Grand Siena e com o tão esperado câmbio CVT ligado ao motor 1.3 aspirado, um conjunto que se conversa bem no Pulse e na picape Strada. Ao mesmo tempo, o Cronos se tornou um dos automáticos mais baratos do Brasil. Este é o Fiat Cronos Drive 1.3 CVT 2023.

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O que é o Fiat Cronos CVT?

Muita coisa mudou de 2018 para cá. O Cronos também precisava mudar algumas coisas, mas a Fiat preferiu focar em pontos que realmente dariam resultado no mercado, como a chegada do 1.3 com CVT para atender os clientes de sedãs que procuram o câmbio automático. De “brinde”, a marca conseguiu fazer não só o sedã automático mais barato, como um dos carros automáticos mais baratos do país. 

A receita é bem simples. O Fiat Cronos já usava o 1.3 Firefly em suas versões de entrada, com o câmbio manual de 5 marchas, e deixava ao 1.8 as versões mais caras e com câmbio automático de 6 marchas, que saiu de linha há um tempo. A questão era um consumo que não o ajudava na hora de brigar contra seus oponentes, com motores menores e mais modernos ou já na era turbo. O 1.3 Firefly tem comando único com variador, 8 válvulas e produz 90/107 cv e 13,2/13,7 kgfm de torque. 

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O câmbio é o automático CVT, com simulação de 7 marchas, fornecido pela Aisin. A Fiat estreou ele no Pulse, tanto 1.3 aspirado quanto 1.0 turbo, e o colocou também na Strada. Tem modo manual, com trocas pela alavanca no Cronos Drive, mas sua melhor operação é sozinha. Para acompanhar, uma nova grade e calotas (ou rodas) para a linha 2023. 

Como é o Fiat Cronos CVT?

O Cronos é um conhecido do brasileiro. Em design, aposta em vincos e não dá para dizer que não envelheceu bem com esse estilão italiano. A linha 2023 trocou a grade dianteira, sendo o restante a mesma coisa, inclusive faróis com luzes de posição em LEDs, um item de série no Cronos 2023. Este carro está equipado com o pacote S-Design, com rodas de liga-leve de 15″ no lugar das rodas de ferro com calotas, faróis de neblina e os detalhes em um marrom puxando para o cinza e logos escurecidos acompanhando capas dos retrovisores em preto brilhante e um nada discreto aerofólio na tampa. 

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Por dentro, não temos uma grade surpresa. O acabamento é formado basicamente por plástico rígido, mas com a receita da Fiat de trabalho de texturas e uma boa montagem. É bom e, nesse pacote S-Design, coloca uma faixa em marrom, teto e colunas em preto e equipamentos como o ar-condicionado automático e partida por botão com chave presencial. O painel de instrumentos tem uma tela de 3,5″ completa para computador de bordo e o volante tem acabamento em couro neste pacote.

Em espaço interno, o Cronos se destaca no banco traseiro. São 4.364 mm de comprimento, com 2.521 mm de entre-eixos. Não é o maior do segmento, mas aproveita bem o que tem para dar um bom espaço para as pernas, apesar de um assento curto depois dependendo da altura de quem o ocupar. Acomoda bem 4 adultos, mas um quinto irá ter um problema pela largura, mas ainda assim se acomodará para um trajeto curto. No porta-malas, 525 litros de capacidade, um bom número dentro do segmento.

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Como anda o Cronos CVT?

Desde o lançamento do Cronos (e do Argo) que pedimos o motor 1.3 Firefly com algum tipo de câmbio automático. Até tentaram fazer algo com o automatizado GSR, mas o efeito não era o mesmo; e o 1.8 aspirado com um caixa automática de 6 marchas, que sempre foi um motor bom de altas rotações e que ficava devendo no uso urbano. Então juntar o bom motor aspirado que oferece torque em baixas com um câmbio automático era uma solução.

No lugar de um automático tradicional, o CVT entrou no lugar. De uma geração recente, se encaixou bem com o 1.3, que oferta torque em baixas pela arquitetura de 2 válvulas por cilindro, e se orquestram bem. Basta manter o pé no acelerador sem muita pressão que o Cronos desenvolve em trajetos urbanos em baixas rotação, com pouco ruído. Se precisar de mais, mais aceleração, mas o pico de torque aparece em 4.000 rpm, então nem adianta ir muito além. De potência, o torque máximo é 6.250 rpm com etanol e 6.000 rpm com gasolina.

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Um botão Sport no volante ajuda em algumas situações. Trabalhando na programação do CVT, as relação trabalha em rotações mais altas, mais perto dos picos dos números, e até dá um fôlego que o Cronos não aparentava ter. Em ultrapassagens, pelo fácil acesso no volante, vale acioná-lo para o sedã crescer mais rápido, principalmente carregado. Não é um canhão, mas vai bem no uso comum.

Uso comum pois a suspensão foi feita para isso. O Cronos é muito confortável e, mesmo nos piores pisos, não reclama e não repassa para os ocupantes. Em curvas mais fechadas, a carroceria apoia nos pneus e suspensão e faz as curvas com comportamento bastante neutro, mesmo quando mais provocado, com boa resposta da direção elétrica. Faltou apenas uma regulagem de profundidade da coluna para achar uma posição melhor. 

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Em nossos testes, o Cronos 1.3 CVT chegou aos 100 km/h em 12,6 segundos. É um número “OK”, mas temos uma prova de o quanto este conjunto é bem acertado: mesmo com 32 cv a menos que o 1.8, quando abastecidos com etanol, fez a prova em 0,6 segundo a mais. O 40 a 100 km/h em 9,4 segundos é o mesmo tempo do 1.8, mas a diferença de força aparece no 80 a 120 km/h, quando o anterior mostrava sua força em altas: 9,7 segundos versus 8,6 segundos. 

No consumo, os 8,6 km/litro com etanol em ciclo urbano mostra como o CVT trabalhando as baixas rotações do 1.3 ajudam – o 1.8 marcou 7,2 km/litro no passado. Na estrada, menos força e mais vezes acelerando mais para manter a velocidade colocaram o consumo em 12,1 km/litro, ante os 12 do 1.8, que se aproveitava da força a mais para manter velocidade. 

Quanto custa e vale a pena o Cronos CVT?

O Fiat Cronos 2023 já ficou mais caro desde o seu lançamento. Mesmo assim, o Cronos Drive CVT custa R$ 95.690 – um sedã automático abaixo dos R$ 100 mil está ficando raro. Com o kit S-Design, chega aos R$ 102.628, mas vamos com calma antes de você se animar muito com esse valor. 

Como itens de série, temos o painel com a tela de 3,5″, o sistema multimídia com tela de 7″ e espelhamento com fios, banco do motorista com regulagem de altura, coluna de direção com regulagem de altura, vidros elétricos dianteiros e traseiros, ar-condicionado, sensor de estacionamento traseiro e os controles de tração e estabilidade e o assistente de partida em rampas. Nos pacotes, retrovisores elétricos, piloto automático e outros itens opcionais.

Sentimos falta de mais airbags, algo que o Cronos já ofereceu no passado, e a coluna de direção com regulagem de profundidade, que também já foi item do sedã. Poderiam ser ao menos opcionais com o pacote S-Design, que traz tantos itens como ar-condicionado digital e chave presencial, e peca em detalhes. 

Vale a pena? Se quiser o pacote S-Design, olhe para a Precision que, por R$ 100.990, oferta as rodas de 16″ e aletas para as trocas de marchas no volante, além dos itens do pacote. Mas se for no Drive CVT puro, é uma boa opção, apesar de ausências sentidas nos equipamentos, principalmente de segurança. Se precisa de um sedã automático abaixo dos R$ 100 mil, é um dos poucos.

Fiat Cronos 1.3 CVT

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