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Teste rápido Chevrolet Cruze Midnight 2023: Opção que precisa ser lembrada

Motor 1.4 turbo ainda se destaca em versão com visual escurecido, mas menos equipada

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O Chevrolet Cruze Midnight chegou como uma versão mais estilosa para ficar posicionada entre as versões LT e LTZ do sedã médio. Sua proposta visual segue o estilo escurecido, o que por consequência garante um ar mais “esportivo”, que sobrevive em um segmento com vendas cada vez menores.

Depois que o Honda Civic saiu de linha ao final de 2021, o Cruze ocupou o posto de segundo sedã médio mais vendido do Brasil, ainda atrás do líder Toyota Corolla por uma ampla margem. Como era de se prever, o sedã da GM também roubou clientes do Civic. Emplacou 7.552 unidades até setembro, enquanto que no mesmo período de 2021, apenas 4.315. Posicionado como uma versão de maior apelo visual, sem dúvidas o Cruze Midnight contribuiu para esse bom desempenho no mercado.

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Como é?

A receita do Chevrolet Cruze Midnight é bem conhecida, seguindo a mesma proposta do Onix Plus Midnight, que já saiu de linha. Isso significa que estão presentes as rodas de liga-leve de 17″ com acabamento diamantado, os detalhes em preto na carroceria, como os frisos das janelas laterais e da gravata da Chevrolet, que troca o dourado pela cor preta na grade frontal e na tampa do porta-malas. A GM só esqueceu de fazer o mesmo com a gravata inserida no volante, que se manteve dourada.

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Ainda na estética, a grade frontal tem frisos em preto com um visual mais básico, com o único detalhe próprio da versão Midnight sendo a moldura cromada que integra a grade dianteira com a tomada de ar inferior do para-choque, que ostenta um acabamento em cromado escurecido. No mais, o sedã traz molduras em preto brilhante nos faróis de neblina, logotipo Midnight nas portas dianteiras, além do nome Cruze ser pintado de preto na tampa traseira. O ponto negativo nesta versão é que a lanterna é igual ao da versão básica LT, ou seja, não tem luzes de LEDs e o desenho é o mesmo do pré-facelift.

Por dentro do Cruze Midnight, os detalhes para diferenciá-lo das demais versões são sutis. A soleira das portas traz o logotipo alusivo à versão, que também aparece nos tapetes. Os bancos, os revestimentos nos painéis de portas e o volante são revestidos em material que imita couro, trazendo sempre costuras em tom mais claro. O mesmo material também está presente em parte do painel, enquanto o teto traz revestimento em tecido preto, tudo para deixar a cabine alinhado ao visual “all black”. As cores da carroceria podem ser Preto Ouro Negro, Cinza Satin Stell ou nesse Azul Eclipse.

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Os bancos da frente acomodam bem o motorista com uma posição de guiar mais baixa e bom apoio para as pernas, enquanto quem vai sentado no banco traseiro elogia o conforto, com exceção do túnel central elevado. O isolamento acústico também é digno de nota, mesmo que seu acabamento nunca tenha sido referência. No geral, sempre ficou aquela impressão que o Cruze merecia mais em alguns detalhes, como o próprio acabamento ou mesmo um painel de instrumentos com gráficos mais inspirados ou mesmo o display central maior. Na versão Midnight, a pequena tela é apenas monocromática.

Como anda?

Quando a segunda geração do Cruze fez sua estreia em 2016, o destaque foi a chegada do motor 1.4 Ecotec turbo, que continua presente até hoje com poucas mudanças. Ele entrega até 153 cv e 24,5 kgfm de torque, sempre trabalhando com uma transmissão automática de 6 marchas. Embora seja o mesmo propulsor desde o lançamento, a GM garante que o motor 1.4 turbo recebeu uma nova calibração no começo deste ano “para melhorar ainda mais a dirigibilidade do carro”. Para adiantar, na prática não sentimos essas diferenças, mas o sedã permanece prazeroso de dirigir.

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O torque máximo aparece desde 2.000 rpm, o que quer dizer que o sedã sempre tem força a partir do momento que você pisa no acelerador. O Cruze Midnight mantém seu embalo assim que o pedal da direita é acionado, embora o câmbio de 6 marchas continue famoso pela certa lentidão nas trocas, sem muito compromisso com a esportividade. Mesmo assim, a aceleração de 0 a 100 km/h segue abaixo dos 9 segundos. Por outro lado, a transmissão continua com seu funcionamento suave, fazendo falta apenas umas aletas atrás do volante para trocas manuais de marcha, disponíveis apenas pela própria alavanca de câmbio.

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A suspensão segue com sua conhecida maciez, com o sedã transpondo valetas e lombadas com muito conforto. Só tome cuidado para não raspar a dianteira, que é bicuda e ainda traz defletores de ar logo na parte inferior, que tem função de reduzir o consumo de combustível. Usar o Cruze Midnight no dia a dia segue uma missão confortável, trazendo direção elétrica com ajuste leve em uso urbano, que vai ficando mais firme com o uso em velocidades mais elevadas em rodovias como todo sistema progressivo. Poderia ser um pouco mais comunicativa.

Quanto custa?

Por R$ 147.060, o Cruze Midnight carrega ar-condicionado digital automático, chave presencial para acesso e partida, partida por botão, sensor de estacionamento, controlador de velocidade de cruzeiro e limitador de velocidade, alerta de pressão dos pneus, controles de tração e estabilidade, luz diurna de LEDs (DRL), faróis com regulagem de altura, assistente de partida em rampas, câmera de ré analógica (com resolução inferior ao Cruze LTZ e Premier), e central multimídia MyLink com tela de 7″ e conexão com a Apple CarPlay e Android Auto, além de conexão Wi-Fi nativo e sistema para serviços de emergência e segurança OnStar.

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Infelizmente há alguns pênaltis na lista de itens de série, como a ausência de retrovisor interno fotocrômico, faróis full-LEDs e espelhamento de smartphone sem o uso de cabos (cada vez mais comum em modelos mais baratos). Não há sequer faróis com acendimento automático e nem mesmo um cinto de segurança com ajuste de altura na coluna – esse último um recurso que deveria ser básico na indústria automotiva.

Com apelo de conectividade, fica difícil entender economias sem sentido como ter apenas uma entrada USB, enquanto as versões acima têm duas. Crítica também para a câmera de ré chamada pela marca de “analógica” e que tem uma resolução abaixo do esperado para um carro dessa categoria. Ela passa batido em horários diurnos, mas à noite fica bem mais difícil usá-la.

A última atualização da gama foi justamente no início deste ano, quando as novas versões RS para o Cruze Sport6 (hatch) e Midnight para o Cruze chegaram. Foi um ar de novidade vindo em boa hora, sobretudo porque ocorreu no mês seguinte à saída de um dos principais rivais do segmento, o que o ajudou a subir nas vendas.

Galeria: Chevrolet Cruze Midnight 2023 (teste)

O Cruze Midnight sem dúvidas é um sedã equilibrado, que traz umas falhas bobas, é verdade, mas que atende muito bem quem valoriza o rodar mais refinado de um sedã médio em relação a um sedã compacto “completão”. Só tenha em mente que o único lugar no mundo que ainda produz o Cruze é a Argentina e que seu ciclo está próximo do fim. Caso isso não pese na balança para você, então o aproveite. Afinal, depois dos hatches médios, são os sedãs que perderão espaço para os SUVs. E isso já começou.

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