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Teste Jeep Renegade Sport T270: Ataque aos 1.0 turbo

Com seus até 185 cv, versão de entrada do SUV compacto quer atacar os concorrentes com motores menores

teste jeep renegade sport t270: ataque aos 1.0 turbo

Versões de entrada dos SUVs compactos ganharam destaque depois dos aumentos de preços. Com a sequencia de reajustes, se tornaram a opção de quem quer aquele modelo, mas o bolso não consegue esticar para as mais caras como conseguia no passado. Ao mesmo tempo, essas versões foram revistas, como o Jeep Renegade Sport 2022. 

Se chegou a especular sobre a Sport ser uma versão sem o novo motor 1.3 turbo, mas foi apresentada com o novo coração e não abriu mão de itens como os faróis fullLEDs, lanternas em LEDs, alerta de colisão com frenagem automática, 6 airbags e alerta de saída de faixas, mesmo posicionada na entrada por R$ 123.908, preço que o tornou competitivo até diante do seu primo, o Fiat Pulse Impetus, menor e com motor 1.0 turbo, e outros SUVs compactos com esse tipo de motor.

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Simplificação de detalhes

O Renegade Sport 2022 tem as mesmas mudanças visuais aplicadas nas demais versões. Novo parachoque dianteiro acompanha a nova grade de 7 barras, tão característica da Jeep, novo desenho das rodas de 17″, faróis e lanternas em LEDs e pequenas outras mudanças, como a capa do retrovisor e nova grafia dos logos. Quer reconhecer o Sport? Além das rodas, não há faróis de neblina em LEDs nem pintura na capa dos retrovisores e maçanetas, além do obvio, os logos Sport. 

Por dentro, o Sport não tem o painel em tela de 7″, ficando com a já conhecida combinação de instrumentos analógicos com a tela de 3,5″, que recebe uma nova grafia, não há revestimento em couro no volante, manopla do câmbio ou bancos, e o ar-condicionado de duas zonas vira um sistema manual, mas eficiente. O sistema multimídia é o mesmo, com tela de 7″ e espelhamento sem fios, que encontramos na Fiat Strada, por exemplo, e não há acendimento automático dos faróis ou retrovisor fotocrômico. Mas há 6 airbags, controles de tração e estabilidade (com TC+) e modo Sport. 

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Mas o grande esperado desta reestilização do Renegade não aparece a não ser que abra o capô. Sai de cena (finalmente) o 1.8 aspirado que tanto foi criticado no Jeep, entra o esperado 1.3 turbo T270, com 180/185 cv e 27,5 kgfm de torque, aqui com o câmbio automático de 6 marchas e tração dianteira – testamos há algumas semanas o conjunto 1.3 turbo com a tração 4×4 no Renegade Trailhawk. Prontos para saber como ficou em desempenho e consumo?

O tão esperado T270

Não vou explicar o que é downsizing mais uma vez. O que você precisa saber é que o Renegade trocou o 1.8 aspirado de 135/139 cv e 18,7/19,2 kgfm de torque, que gosta de girar para apresentar sua total capacidade de força, pelo 1.3 turbo cheio de tecnologias como injeção direta e comando de válvulas de admissão com sistema MultiAir. São 180/185 cv e 27,5 kgfm que aparecem em baixas rotações e, acredite, muda a vida do SUV compacto da Jeep. 

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Não que o 1.8 tivesse números de potência e torque baixos diante da antiga concorrência, mas sim sua faixa de rotação de picos bem alta. Como o Renegade nunca foi um SUV leve, sua “lentidão” em arrancadas era muito aparente e, para o fazer andar, tinha que pisar. Sabe o resultado? Não andava muito e ainda tinha um consumo longe de ser o ideal para o desempenho. A situação ficou mais crítica quando a concorrência adotou os motores turbo, mesmo com menos potência, mais espertos e econômicos. 

Na cidade, o Jeep Renegade muda completamente de cenário com este motor. Além de bem mais silencioso e mais suave em funcionamento, é até preciso um pouco de cuidado com o pé direito para o Renegade não sair patinando ou brigando com o controle de tração. OS 27,5 kgfm de torque já estão disponíveis a 1.750 rpm. O câmbio automático de 6 marchas teve o diferencial trocado por um de relação mais curta, melhorando ainda mais as respostas. 

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O câmbio trabalha o torque do 1.3 turbo em baixas rotações, raramente passando das 2.500 rpm em uso normal. A velocidade desenvolve com muito mais facilidade, mais agilidade e responde melhor até aos comandos do acelerador, bem anestesiado no 1.8 em busca de melhorar o consumo de combustível. Não é um exagero dizer que é como conhecer um novo SUV compacto, bem mais disposto e…econômico. 

Fizemos os teste de consumo com etanol, para ter uma base de comparação com os testes anteriores com o 1.8, e com gasolina. Com o combustível vegetal, o Renegade andou na mesma tocada da Fiat Toro e Jeep Compass com o T270, com 8,1 km/litro na cidade. Com gasolina, um bom número de 9,7 km/l considerando seu peso e aerodinâmica. Como comparação, o 1.8 marcou 6,8 km/litro em nossos teste com etanol. 

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Na estrada, o consumo piorou com etanol, indo para 10,1 km/litro ante os 10,3 km/litro do 1.8, porém agora com uma reserva de potência muito maior e lembrando a relação de câmbio um pouco mais curta, apesar de ainda viajar a 120 km/h pouco acima das 2.000 rpm. É um preço a se pagar pelo melhor desempenho? Talvez. Com gasolina, média de 12,1 km/litro. 

Equilíbrio em jogo

Esses 180 cv do Jeep Renegade “se encaixaram” bem ao SUV. A plataforma comportou bem o aumento de potência, ajudado pela recalibração de todo o conjunto, da arquitetura independente nas 4 rodas e pela boa construção e rigidez estrutural do Renegade. Não é a plataforma mais moderna do mercado, mas é bem construída, além do bom isolamento acústico que já foi comentado. 

Para os testes de desempenho, fizemos apenas com gasolina no tanque. E obviamente, mesmo quando comparado ao 1.8 com etanol, temos uma diferença gritante no 0 a 100 km/h: de 13,1 segundos para 9 segundos. As retomadas saíram da faixa dos 10 segundos para a casa dos 6 segundos, uma ampla evolução – como comparação, o VW T-Cross 1.4 TSI, com etanol marcou 9,1 segundos, sendo mais leve apesar de menos potente. Se sua desculpa para não ter um Renegade era o motor, ela acabou. 

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Agora, se sua desculpa é o espaço interno, isso não mudou. Segue sendo apenas OK no banco traseiro e no porta-malas, perdendo para uma parte de seus concorrentes, que conseguem atender melhor quem está procurando um carro para a família, algo bastante comum entre os SUVs compactos. 

De qualquer forma, o Renegade Sport 2022 já atende bem. Seu preço fica na faixa dos concorrentes 1.0 turbo e aparece como uma opção. Quem procura mais equipamentos, terá a Longitude já com multimídia de 8,4″, painel de 7″, rodas de 18″ e mais alguns itens, mas terá que pagar mais por isso. 

Veredito

9.2 / 10

Fotos: Mario Villaescusa (para o Motor1.com)

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