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Teste Jeep Compass Limited TD350: O diferencial do jogo

Mesmo com novos concorrentes, SUV é o único com tração integral e motor turbodiesel do segmento

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A vida do Jeep Compass não está mais tão tranquila. Apesar de seguir líder em 2021, tem a concorrência direta de Toyota Corolla Cross e VW Taos, como já mostramos em um comparativo das versões flex topo de linha. Mas o SUV de Goiana (PE) tem uma arma ainda única entre seus oponentes: versões com motor turbodiesel e tração integral.

São mais caras que as com o 1.3 turbo. No caso do Compass Limited, como testado aqui, a etiqueta marca R$ 47 mil de diferença (!), e um dos motivos é que todo o conjunto é importado da Itália, composto pelo motor 2.0 turbodiesel, câmbio automático de 9 marchas e o sistema de tração integral automático. Nada muda no pacote de equipamentos de um motor para o outro, nem os opcionais.

Me ajuda aí, ARLA32!

Para se enquadrar em novas normas de emissões, o Jeep Compass foi o primeiro turbodiesel da Stellantis a receber o tanque de ARLA32 no Brasil. Em termos simples, é a injeção de um composto de uréia e água desmineralizada (uma relação de 32,5 g do componente a cada 100 g da água) que, em reação com os gases do escape, transforma os óxidos de nitrogênio em água e nitrogênio – segundo a Jeep, o tanque de ARLA32 do Compass, com 13 litros, dura cerca de 10.000 km.

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Com isso, a Jeep conseguiu manter os 170 cv e 35,7 kgfm de torque do 2.0 turbodiesel no Compass. Em nossos testes, aliás, não teve mudança de desempenho ou consumo na comparação com os anteriores, já que o ARLA32 é injetado já no sistema de escape, que inclusive tem novos componentes, como um abafador traseiro melhorado. 

No restante, o Jeep Compass turbodiesel tem as mesmas mudanças que já vimos no Compass, com um parachoque dianteiro diferente, com mudanças nos faróis de neblina e em sua volta e um ângulo de entrada melhorado com uma peça mais alta. Na versão Limited, temos as rodas de 19″, uma proposta mais urbana (ou rodoviária) que as de 17″ com pneus de uso misto da Trailhawk. Na tampa, a identificação TD350 4×4 e o escape com ponteira única entregam o conjunto mecânico exclusivo. 

Bom no Compass…

O Compass TD350 tem as mesmas qualidade que conhecemos no Compass depois da reestilização. Por dentro, um bom acabamento totalmente revisado e, como opcional na versão Limited, com o marrom nos bancos e painel, inclusive bronze no friso que o atravessa. No console central, o antigo comando giratório para a tração integral se torna botões (Lock 4WD e 4WD Low) e fazem companhia ao auto hold e assistente de descida de rampas. Ao lado da alavanca de câmbio, o seletor dos modos da tração, discreto. 

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O espaço interno também. Não é o maior do segmento, onde o VW Taos é melhor, mas suficiente para 4 adultos. Para o banco traseiro, saídas de ar, uma porta USB e tomadas e, no porta-malas, capacidade para 476 litros. Se sua dúvida entre turbodiesel e 1.3 turbo é no espaço interno, eles são iguais e você continuará na dúvida. 

O mesmo vale para a lista de equipamentos. A versão Limited tem o sistema multimídia com tela de 10,1″ com espelhamento sem fios, painel digital configurável de 10,25″, partida remota do motor com chave presencial, faróis fullLED, ar-condicionado de 2 zonas, banco do motorista elétrico, monitor de ponto-cego, 7 airbags, sensores de luz e chuva e assistente de estacionamento automático, além das rodas de 19″. 

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Como acontece no 1.3 turbo, o Compass Limited TD350 pode receber alguns opcionais. O Pack High Tech adiciona o reconhecimento de placas de trânsito, farol-alto automático, detector de fadiga do motorista, alerta de colisão com frenagem automática, porta-malas com abertura elétrica, alerta de saída de faixas, piloto automático adaptativo e o sistema de som Beats. Outro opcional é o teto-solar panorâmico – completo, ele vai de R$ 232.390 para R$ 251.790, mais as opções de cores de interior e carroceria. 

…melhor no turbodiesel

Mas o que justifica a Jeep manter o motor 2.0 turbodiesel no Compass mesmo com a chegada do 1.3 turbo? Primeiro, a tração integral é um ponto forte de vendas principalmente aos que já tinham um Compass ou Renegade com essa motorização e usam não apenas na terra, mas também em situações no asfalto, como a chuva. É clara a diferença que a integral passa em segurança principalmente a quem viaja muito. 

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A suspensão é a mesma, com arquitetura McPherson nas 4 rodas, bem voltada ao conforto mas que segura a rolagem da carroceria muito bem. Com a ajuda da tração, o Compass entra em curvas com bastante segurança e previsibilidade. A força extra do 2.0 turbodiesel na comparação com o 1.3 turbo aparece no dia a dia, apesar de não ter a mesma potência e não ser tão rápido quanto ele – em nosso teste, registrou 11,4 segundos ante os 9,1 segundos do 1.3T. 

A autonomia pode ser outro bom argumento. Mesmo com gasolina, o Compass 1.3 turbo não chega aos 9,0 km/litro na cidade ou os 13,6 km/litro na estrada com tanta facilidade e com força de sobra para retomadas e ultrapassagens. E o câmbio de 9 marchas faz as trocas mais rápidas que o automático com 6 marchas do 1.3 turbo e, apesar do motor turbodiesel ser naturalmente mais ruidoso, não chega a afetar muito o conforto a bordo – só irá perceber algo “a mais” em acelerações mais pesadas. 

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Vale quase um Fiat Mobi a mais?

Os R$ 47 mil de diferença entre as versões Limited até poderia ser um problema para o Jeep Compass TD350, mas basta observar nas ruas que muita gente preferiu pagar essa diferença. Nessa faixa, ele já fica na linha de modelos como o Peugeot 3008 (de R$ 246.690 a R$ 271.690), Honda CR-V (R$ 264.900) e do VW Tiguan Allspace R-Line (R$ 236.090), mas com características que eles não possuem por completo, como o próprio motor turbodiesel. E em uma guerra pesada como dos SUVs, qualquer arma exclusiva faz a diferença. 

Fotos: Mario Villaescusa (para o Motor1.com)

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