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Teste: Honda Accord e:HEV híbrido 2022

Sem precisar de tomadas para recarga, sedã chega aos mais de 17 km/l na cidade

teste: honda accord e:hev híbrido 2022

Não é de hoje que o Accord representa o que há de mais luxuoso e moderno no portfólio da Honda no Brasil. Por isso foi o escolhido para a marca japonesa finalmente apresentar seu primeiro híbrido em nosso mercado, além de um pacote bastante completo de sistemas de condução e o luxo que nos acostumamos a encontrar no sedã grande.

O Honda Accord estreia o e:HEV no Brasil. É um sistema híbrido não plug-in, como já temos nos Toyota/Lexus, mas com um funcionamento com menos componentes e mais simples, composto basicamente pelo motor 2.0 aspirado e dois motores elétricos dentro da transmissão de apenas 1 marchas onde, em nenhum momento, eles trabalham juntos para locomover o carro. 

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Simplicidade oriental, funcionamento exemplar

O Accord híbrido tem o sistema e:HEV – você deve ter visto esse emblema nos carros da Red Bull na F1, mas não é a mesma coisa. No Accord, o motor a combustão é um 2.0 aspirado com ciclo Atkinson, mais eficiente, com 145 cv e 17,8 kgfm de torque. Diferente de outros híbridos, como o Toyota Corolla, não há soma de potências entre elétrico e combustão e, também diferente dos Toyota, o elétrico da Honda é mais potente: 184 cv e 32,1 kgfm de torque.

No Accord híbrido, temos uma inversão dos papéis. O motor elétrico é quem atua em boa parte do tempo como o principal para locomover o sedã. Na verdade, são dois motores com funções diferentes: um de propulsão e outro que trabalha como um gerador, aproveitando desacelerações para recarregar a pequena bateria de 1,3 kWh. O 2.0 surge em velocidades mais altas ou acelerações mais fortes, onde ele pode ser eficiente, e também como um gerador de energia para as baterias. 

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Esta simplicidade nipônica fez com que a engenharia não precisasse alterar muita coisa do Accord para acomodar o sistema. Na comparação com a versão anterior, com o 2.0 turbo de 256 cv e 37,7 kgfm de torque, a maior diferença está no tanque de combustível, que vai de 56 para 48,5 litros para acomodar as baterias. O porta-malas segue com 574 litros de capacidade e, visualmente, as diferenças aparecem no logo no porta-malas e no dianteiro da Honda com um fundo azul. Reestilizado, o Accord recebe novos parachoques e, em busca de maior eficiência, trocas as rodas de 18″ pelas de 17″. 

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O Accord híbrido vem com a mesma receita para o interior. Bom acabamento, misturando couro com preto e prata e toques de imitação de madeira, confirma que o Accord ainda é um carro de luxo para um público conservador. O painel de instrumentos mistura um velocímetro analógico com a tela para o computador de bordo e um indicador de consumo. No volante, o Accord estreia o Honda Sensing, com sistemas de segurança ativa como frenagem automática de emergência, alerta de saída de faixa com assistente, piloto automático adaptativo e mais.

Vida normal, 17 km/litro

Um híbrido não plug-in não exige mudanças em sua rotina, algo que um que precisa da recarga pelas tomadas já pede em busca de pontos de recarga. Então a convivência com o Accord híbrido é praticamente a mesma que com um carro a combustão tradicional, com uma vantagem em tempos de gasolina nas alturas: 17,6 km/litro na cidade e 17,7 km/litro na estrada.

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Dependendo do uso, o Accord até chega mais perto dos 19 km/litro, mas em nossos testes estes foram os números registrados. Ele até pode andar em 100% elétrico, mas a velocidade é mais baixa e não dura muito tempo pela pequena bateria. Como referência, o Accord 2.0T marcou 6,4 km/l em nossos testes, chegando aos 15,1 km/l na estrada com suas 10 marchas. 

O sistema e:HEV funciona muito bem. Sua simplicidade aparece também no uso, trocando o motor que está trabalhando quase que de forma imperceptível. O 2.0 aspirado se torna um pouco ruidoso em acelerações mais fortes, mas trabalha quieto na estrada rodando a 120 km/h. Na cidade, mesmo quando ele entra em ação para recarregar as baterias, é quase imperceptível. O isolamento acústico do Accord também colabora no time. 

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Saudade do 2.0 turbo? Na cidade, o híbrido é melhor, mais suave e silencioso, obviamente, além de bem mais econômico. Confesso que o motor turbo tradicional e seus 245 cv fizeram falta na estrada, por exemplo, mas só naqueles momentos onde um policial com um radar nas mãos não seria bem-vindo, ou nas retomadas para algumas ultrapassagens. Vale lembrar que nessa situação, temos 145 cv, não 184 cv. Na pista de testes, porém, essa diferença é menor que a sentida ao volante: 0 a 100 km/h em 7,6 segundos, ante os 6,6 segundos do 2.0T.

Conforto executivo

O Honda Accord é um sedã grande. Ou seja, temos amplo espaço interno em qualquer posição, bom porta-malas e suspensão que quer te isolar ao máximo do que acontece ali fora. A plataforma do Accord consegue casar bem com a boa dirigibilidade, apesar do conjunto mais manso. É um carro executivo, sem por nem tirar.

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Os sistemas de condução seguem o mesmo. Funcionam bem, apesar do alerta de colisão ser um pouco “afobado” demais, ou super-protetor. Piloto automático adaptativo, o sistema de câmera no retrovisor externo direito no lugar do alerta de ponto-cego e assistente de faixa funcionam muito bem, sem falhas, como esperado de um carro dessa categoria. O sistema foi melhorado na comparação com o Accord antes da reestilização e está no mesmo patamar do que conhecemos das marcas premium. 

Isso tudo custa R$ 299.900. O Honda Accord híbrido ataca uma turma como BMW Série 3 e Audi A4 com porte e a eletrificação, mas sem o efeito premium da marca. É um fruto japonês, com um público fiel. Não é um SUV (ainda bem…), e que para consumir pouco não pede mudanças em sua vida ou na sua conta de energia elétrica. Opção conservadora, tradicional e moderna ao mesmo tempo. 

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