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Teste: Ford Ranger FX4 é traje esporte em geração que ainda vale

Versão entrega pacote completo em visual mais esportivo para quem quer fugir do padrão cromado

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FX4. Talvez você não tenha percebido, mas esta sigla carrega uma história de 20 anos dentro da Ford e representa as versões de sua gama de picapes com apelo esportivo. Está nova Maverick, na F-150 (mostrada no Brasil na Agrishow) e agora na Ranger FX4. A nova versão chega para atender quem quer uma picape completa, potente e com estilo mais esportivo. Mas com a nova geração a caminho, vale a pena?

Para começar, a próxima Ranger foi apenas mostrada e ainda não é produzida. Isso é comum nos Estados Unidos, sede da Ford, e nem mesmo lá existe a nova geração. Para o Brasil, apenas em 2023 após o início de produção na Argentina. Com base nisso, se esta foi a sua preocupação, pode seguir adiante para conhecer melhor a Ranger FX4.

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O que é?

Versão para quem busca visual esportivo com toda capacidade off-road, sem abrir mão do que se espera de uma versão topo de linha. Se difere pelo estilo, que abre mão de qualquer peça cromada na carroceria. Retrovisores, santantônio com desenho exclusivo, acabamento dos para-choques e protetores dos para-lamas também seguem na mesma cor.

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Na traseira, a lanternas tem máscara escurecida, além do emblema FX4. Por dentro também se diferencia pelos bancos com revestimento em couro com costura vermelha e pontos em preto brilhante. No restante, é a mesma Ranger que já conhecemos.

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As rodas são aro 18″ com desenho exclusivo, também pintadas de preto, calçadas com pneus 265/60 R18 Scorpion ATR (50% on-road e 50% off-road). Também tem, mas como opcional, rodas de 17 polegadas com pneus 265/65 R17 All Terrain Plus, específicos para quem realmente vai encarar o fora de estrada mais pesado. No fim das contas, pelo mesmo preço, a FX4 entrega mais que a XLT embalada no visual esportivo.

Debaixo do capô está o motor Duratorq 3.2 turbodiesel de 200 cv e 47,9 kgfm de torque, sempre associado ao câmbio automático de 6 marchas e tração 4×4 com diferencial traseiro blocante. Não há nenhum tipo de alteração na suspensão ou calibração do motor. No entanto, quem gosta de um pouco mais de emoção, pode adicionar o snorkel como acessório, o que facilita a travessia de trechos alagados com profundidade de até 80 cm.

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Como anda?

Desde que recebeu o seu facelift em 2019, a Ranger evoluiu muito em conforto ao rodar na cidade e também no fora de estrada. Ao passar alguns dias com a picape, a maior parte deles na cidade, ficou mais fácil entender a sua robustez, e principalmente, força. Os números de potência, assim como desempenho, são sempre próximos das rivais – que pode colocar uma dúvida na sua cabeça. No entanto, mesmo com a idade chegando, a Ranger ainda é a melhor em acabamento interno e qualidade notada.

O ronco do motor diesel trabalhando é muito bem filtrado, o que contribui para se aproveitar uma boa música. É bem tranquilo controlar os 200 cv na cidade, que como maior desafio, oferece apenas buracos, valetas e lombadas. Os apliques em preto brilhante espalhados pela cabine conferem um ar mais sofisticado, e que ainda a deixa à frente das rivais neste quesito. Sim, já faz tempo que tem aquele painel digital, mas novamente, é um bom painel e encara bem as concorrentes. A direção elétrica também ajuda na boa convivência na cidade.

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Na estrada, a Ranger FX4, sem alterações mecânicas, mantém a mesma dirigibilidade das demais versões 5 cilindros. Os 47,9 kgfm de torque empurram bem os 2.247 kg desta geração. Assim como o desempenho, o consumo de combustível se mantém igual, fazendo 7,8 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada – a maior alteração foi a adição do Arla32 para reduzir as emissões no sistema de escape.

Não deu tempo de encarar um fora de estrada mais pesado, mas na terra batida, a suspensão entregou bom conforto e controle mesmo com a tração 4×4 desligada, o que até instiga a pisar um pouco no acelerador. As trocas de marchas seguem mais suaves e rápidas. Na nossa pista de testes, os números foram de 8,4 segundos na retomada de 40 a 100 km/h, 8,9 s de 80 a 120 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h se manteve em 11 s, como no nosso último teste.

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Quanto custa?

Direto ao ponto, a Ranger FX4 custa R$ 291.990, o mesmo da XLT. Curiosamente, além do visual, entrega mais equipamentos. Estão na lista o ar-condicionado digital de dupla zona, banco do motorista com ajuste lombar e elétrico, sensor de chuva, painel de instrumentos com duas telas de LCD, central multimídia SYNC 3 com tela de 8 polegadas, Android Auto e Apple CarPlay, 2 entradas USB, retrovisor interno eletrocrômico e piloto automático.

A FX4 também vem com o FordPass Connect, o qual permite por um aplicativo no celular, dar partida remota e climatizar a cabine, verificar a autonomia, ver o odômetro e pressão dos pneus, travar e destravar portas, receber alertas de alarme e de funcionamento e localizar a picape. Também é possível agendar serviços nas concessionárias.

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Como itens de segurança, vem com 7 airbags, controle eletrônico de estabilidade e tração, controle anticapotamento e adaptativo de carga, assistente de partida em rampas, controle automático em descidas, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro.

Vale a pena? Como falei lá em cima, se a dúvida for em relação à nova geração, vale sim a pena. A próxima Ranger só chegará em meados do ano que vem, e pode esperar, em outro patamar de preço. Em relação às rivais S10 Z71 e Hilux SRX, a Ranger FX4 se aproveita de todo o know-how e tradição da Ford no segmento de picapes para entregar um produto com mais qualidade no acabamento, desempenho equivalente, dirigibilidade ligeiramente superior e mais equipamentos. Se colocar na conta o visual mais elaborado, a FX4 fica ainda mais interessante.

Veredito

8.0 / 10

Fotos: Mario Villaescusa (para o Motor1.com)

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