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Suzuki V-Strom 1050XT: Uma maxitrail tecnológica e de estilo clássico

Com clara inspiração em sua primeira bigtrail, a DR 800 Big, a Suzuki V-Strom 1050XT tem design sóbrio, moderno e clássico ao mesmo tempo

A Suzuki V-Strom está completando 20 anos de seu lançamento mundial em 2002. Por aqui ela chegou em 2003 e teve relativo sucesso, já que na época as superesportivas eram as motos da vez no segmento de alta cilindrada.

O grupo JTZ, responsável pelas motos da Suzuki no Brasil, optou por trazer para o país duas versões de 650 cm³ e uma da V-Strom 1050, a versão XT. Na Europa, a XT é a versão intermediária das 1050 cm³.

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Cenário

Os tempos mudaram e hoje o segmento das maxitrail é, de longe, o que mais vende motocicletas no Brasil, claro, falando em motos de alta cilindrada.

Hoje a concorrência aumentou enormemente e a V-Strom enfrenta motos já consagradas como BMW R 1250 GS, Honda Africa Twin e Triumph Tiger 1200, que oferecem alguns diferenciais tecnológicos e várias versões em cada uma delas. Mas a V-Strom também tem suas virtudes para agradar quem gosta desse tipo de motocicleta.

Desenho clássico O design da V-Strom 1050XT é bem conservador, ao contrário da tendência atual, onde as linhas e vincos com ângulos bem marcados estão presentes em quase todas as peças aparentes de suas concorrentes.

E neste caso, a Suzuki optou por um design menos rebuscado e que remete à sua primeira moto com o bico sob o farol, a DR 800 Big, onde sua lateral aparece bem limpa e lisa, sem esse tipo de linhas na renovada versão 1050 XT. Inclusive seu farol voltou a ser quadrado, com clara ligação ao passado.

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O banco bipartido com dois níveis tem diferentes texturas em seu acabamento e a assinatura V-Strom no assento do garupa. Ele é bastante amplo e confortável, mas poderia ter uma camada de espuma um pouco mais generosa.

Em particular, a moto deste teste de cor branca e laranja é muito bonita e chamativa, e lembra a cor utilizada pela McLaren/Marlboro quando as marcas de cigarro ainda eram patrocinadoras do esporte, do que eu gostei.

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Engenharia e ciclística desta Suzuki V-Strom

A construção da V-Strom está baseada em um chassi do tipo dupla viga em alumínio, que suporta a balança da suspensão traseira no mesmo material; esses componentes ajudam a conferir maior rigidez ao conjunto e a conter o peso total da moto, que é de 247 quilos totalmente abastecida para rodar.

Na dianteira a Suzuki instalou bengalas KYB com tubos de 43 mm de diâmetro totalmente reguláveis com 160 mm de curso; atrás a suspensão tem monoamortecedor, sendo possível regular a pré-carga da mola através de um manípulo de fácil acesso.

O curso é de 159 mm. As rodas são raiadas com 19 polegadas na dianteira e 17 atrás, calçadas com pneus sem câmara de uso misto Bridgestone Battlax Adventure A41 de medidas 110/80 e 150/70 respectivamente.

O comportamento dinâmico da V-Strom 1050XT é favorecido pela boa ergonomia ao guidão. Apesar do tanque parecer grande à primeira vista, ele é bem estreito no encaixe das pernas e isso favorece a pilotagem.

Os pilotos mais baixinhos podem sentir que o guidão fica um pouco mais baixo, forçando a posição do corpo para frente, o que pode se tornar cansativo para eles.

Os 855 mm da altura do banco ao chão podem ser reduzidos em 20 mm com o ajuste do banco do piloto, assim as paradas são facilitadas na hora de apoiar os pés no chão.

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Suspensões

As suspensões têm boa capacidade para enfrentar qualquer tipo de terreno com boa dose de conforto, mas para rodar no off-road poderiam ter um curso maior. Embora os 160 mm de curso na dianteira e 159 mm da traseira não sejam pouca coisa, suas concorrentes diretas têm entre 30 e 40 mm a mais, por exemplo, a BMW R 1250 GS tem 190 mm e 200 mm respectivamente e a Triumph Tiger 1200 GT 200 mm nas duas rodas).

Uma diferença que, a depender do caminho no fora de estrada, pode fazer muita diferença na absorção dos impactos e superação de obstáculos.

Por outro lado, o comportamento dinâmico da V-Strom no asfalto é irretocável, e ela oferece bastante conforto e muita confiança para contornar curvas com bastante inclinação e sem chacoalhos.

É verdade que ela demanda um pouco mais de força para levá-la para a trajetória que você quer, do que, por exemplo é preciso com uma Tiger 1200, mas a diferença não a desabona, apenas a caracteriza. Os pneus Bridgestone Battlax Adventure têm boa aderência, mas são um pouco limitados no off-road, principalmente se houver lama no caminho.

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Motorização da Suzuki V-Strom 1050XT

Como o próprio V do nome indica, o motor de 1.037 cm³ tem a composição de seus dois cilindros em V a 90°, com comando duplo DOHC no cabeçote, oito válvulas de funcionamento variável e refrigeração líquida.

Esta versão do motor recebeu algumas alterações na eletrônica e na alimentação com remapeamento e agora rende 107 cv a 8.500 rpm (antes eram 101 a 8.000 rpm), e o torque é de 10,5 kgf.m a 6.000 rpm.

O motor desta V-Strom tem excelentes respostas ao giro do acelerador. Você sente o bom torque desde baixa rotação e, à medida que o giro sobe, ele vai empolgando. Ele não chega a ser eletrizante na pegada, mas é muito competente e seu desempenho é mais do que suficiente para transmitir agradável sensação ao acelerá-la.

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Em baixa rotação este motor transmite um pouco de vibração, que vai se atenuando conforme a rotação vai subindo, assim em marchas alta e a baixa velocidade você participa da pulsação dos dois cilindros em V a 90°, que, por sua vez, demonstram bom poder de retomada nessa situação.

Modos de pilotagem

Os três modos de pilotagem (A, B e C) atuam na velocidade de abertura das borboletas da injeção de combustível, onde A oferece respostas mais rápidas e, para mim, de melhor sensação, e o modo C funciona como o modo rain em outros modelos, onde as respostas são bem mais lentas para aumentar a segurança em pavimentos escorregadios. Todos eles atuam também nos parâmetros de controle de tração e ABS que é do tipo cornering, que pode atuar com a moto inclinada em curvas.

O motor de 1.037 cm³, segundo a Suzuki, é capaz de rodar na faixa dos 20 km/l, o que lhe renderia 400 quilômetros de autonomia, mas rodando com a V-Strom no modo empolgação a marcação de consumo instantâneo no painel foi de apenas 14 km/l. Nesse caso, com os 20 litros de capacidade do tanque de combustível seria possível rodar apenas 280 quilômetros até o próximo abastecimento do tanque.

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Sistema de freio

Os freios da V-Strom 1050XT têm duplo disco de 310 mm com pinças radiais de quatro pistões na roda dianteira e atrás o disco mede 260 mm e sua pinça é de pistão único. O sistema mostrou boa pegada. O freio dianteiro não tem uma pegada inicial imediata, mas tem boa potência e se mostrou bastante eficiente. O ABS funcionou de maneira bem previsível na roda dianteira, mas mostrou-se um pouco intrusivo em demasia na roda de trás.

Uma grande desvantagem da V-Strom em relação a suas concorrentes no off-road é a impossibilidade de desligar o sistema ABS da roda traseira, condição importante para uma melhor pilotagem e maior diversão na terra.

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Mais tecnologia na nova Suzuki V-Strom

Entre os componentes eletrônicos que a V-Strom 1050XT oferece podem-se destacar: a iluminação total LED, a IMU (Unidade de Medição Inercial) de seis eixos que permite o comando dos três modos de entrega de potência e ABS cornering e controle de tração.

Mas há outras tecnologias em favor do usuário como o assistente de subida (Hill Holder), piloto automático, um sistema que evita o levantamento da roda traseira nas frenagens em descida e uma tomada USB no painel e outra de 12V sob o banco.

Sem dúvida esta V-Strom é uma motocicleta bem equipada, virtuosa na dirigibilidade e esperta nas respostas do motor. O desgin digamos mais conservador é ponto a seu favor. Ela tem estilo mais clássico e me agradou bastante, principalmente com essa combinação de cores.

Apesar de ser bem equipada, o painel ainda é em LCD (a versão DE que tem o painel de TFT não vem para o Brasil) e o ABS não pode ser desligado, condição que a deixa atrás da concorrência, mas os R$ 85.900 praticados pelas concessionárias até a finalização desta edição ainda me parecem justos.

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Conclusão

A V-Strom 1050XT é uma moto muito bacana, bem completa e oferece bastante tecnologia para o usuário. Tem boa ergonomia e é bastante confortável, mas é verdade que ainda tem algumas defasagens em relação a suas concorrentes diretas.

Por exemplo, a possibilidade de desligar o ABS para a pilotagem no off-road faz grande diferença na pilotagem no fora de estrada em relação à concorrência, mas como a maioria dos proprietários não faz uso da moto no off-road mais pesado, isso não seria um grande problema.

O painel em LCD também é outro ponto negativo, afinal todas as demais têm o equipamento de série. Mesmo assim, os R$ 85.900 do preço praticado pelas concessionárias parecem bem equilibrados com o que ela oferece.

Embora a V-Strom não seja uma daquelas motos que inebriam pelos atributos dinâmicos, ela é bem legal, uma boa opção para quem busca uma moto de respeito sem se incomodar com os componentes a menos.

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