O governo federal anunciou um corte do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) e o PIS/Cofins que reduzirá de 1,5% a 10,96% o preço de carros de até R$ 120 mil. Os modelos mais baratos hoje custam R$ 68.990, segundo informações dos sites oficiais das principais empresas. O desconto máximo será de R$ 7.561 no valor do veículo, que passará a valer R$ 61.429. O governo avalia que as empresas poderão reduzir para menos de R$ 60.000.
O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Márcio Lima Leite, disse que é “muito possível” ser vendido abaixo deste patamar com o esforço do setor.
A MEDIDA
Para viabilizar essa redução, o governo cobrará menos impostos das indústrias. Diminuirá o IPI e o PIS/Cofins. O custo fiscal da iniciativa ainda é incerto. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá até 15 dias para apresentar os dados.
Por ter impacto na arrecadação do governo em período de ajuste fiscal, a medida será temporária, mas não há um prazo definido pelo governo.
- Social – quanto mais barato o veículo, maior o desconto;
- Industrial – quanto mais peças brasileiras o veículo tem, maior o desconto;
- Ambiental – quanto menos CO2 gasta, maior o desconto.
Portanto, para obter 10,96% de desconto –o máximo possível– o carro precisa ser um dos mais baratos atualmente, ter materiais da indústria brasileira e ser mais sustentável do ponto de vista ecológico.
O setor automobilístico responde por 20% do PIB (Produto Interno Bruto) da indústria da transformação e está com 50% da sua capacidade instalada ociosa, informou o Ministério do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços.
RENOVAÇÃO DA FROTA
O objetivo do governo é renovar a frota em circulação no país. O Programa Rota 2023 entrará na 2ª fase no 2º bimestre. Tentará reduzir em 50% a emissão de CO2 dos veículos automotores até 2030 em relação a 2005.