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Royal Enfield Classic 350: proposta e propósito

A proposta da Royal Enfield é oferecer motocicletas estilosas e acessíveis, não só do ponto de vista financeiro, com preços competitivos, mas também do ponto de vista de facilidade na pilotagem.

A Royal Enfield está investindo pesado para produzir novas motocicletas e diversificar seu lineup e segue a receita que vem se consolidando entre os fábricas de construir diversos modelos com o mesmo pacote técnico que diferem entre si na proposta, no estilo e design.

Com a Classic 350 não é diferente e, logo mais, também deve chegar ao Brasil a terceira filha da família, a Hunter 350, moto que testei em Bangcoc, na Tailândia.

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Consolidando a mesma base

A Classic 350 utiliza o mesmo conjunto mecânico da Meteor 350, que tem base no motor monocilíndrico com comando SOHC de duas válvulas, 350 cm³, refrigeração mista a ar e óleo, câmbio de cinco marchas, chassi tipo berço duplo, dois amortecedores na traseira e bengalas convencionais de 41 mm de diâmetro. Já o sistema de freio tem disco nas duas rodas e é assistido por ABS em ambas.

Logicamente o grande trunfo da Classic é o desenho que segue fielmente as motos dos anos 1950 da marca e que teve até pouco tempo atrás a Classic 500 como sua principal representante, mas que tinha desempenho, digamos desfasado, afinal sua concepção manteve boa parte da mecânica do século passado.

Andava pouco, vibrava muito e a ciclística não inspirava confiança na tocada. Mesmo assim, ela agradou a uma boa parcela de motociclistas para fazer rolés dominicais ou que buscavam um exemplar da moto que logo se tornará item de coleção (estes últimos acertaram na mosca).

Desing da nova Royal Enfield Classic 350

Antes de entrar no comportamento dinâmico da Classic 350, merece ser destacado o design que traz de volta um ícone da Royal Enfield, mas com a devida atualização tecnológica e modernidade nos componentes, além do impecável nível de acabamento em todos os seus detalhes.

Fui questionado várias vezes, quando parado em semáforos ou em estacionamentos, pela curiosidade de pessoas comuns e até alguns motociclistas menos antenados, se essa moto tratava-se de uma antiguidade ou raridade, pois é, a Classic 350 suscita este tipo de curiosidade e, de fato, ela faz jus à aparência, tal a legitimidade com o passado.

Tudo nela foi bem cuidado, o formato do tanque, do farol, dos para-lamas metálicos envolventes, do escapamento tipo “charuto”, dos bancos, das rodas que podem ser em liga ou raiadas e até do design do motor com cilindro e suas aletas de refrigeração.

A pintura também merece elogio e a ampla gama de cores e acessórios disponíveis para customização podem fazer de sua Classic 350, uma moto única, uma sacada que a Triumph já faz com suas motos clássicas e que a Royal também vem fazendo e colhendo bons resultados.

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Motor

Você pode pensar que os 20,5 cv a 6.500 rpm de potência máxima do propulsor da Classic 350 é pouco, principalmente se comparada, por exemplo, com uma XRE 300 (para ficar mais próximo da cilindrada), que oferece 25,4 cv e tem 300 cm³, faz sentido, mas a pegada do motor da Classic é o bom torque e sua entrega.

Veja: são 2,7 kgf.m a 4.000 rpm e, continuando com a comparação, a XRE tem 2,8 kgf.m a 6.000 rpm (no etanol). Por isso ele é interessante, você tem arrancadas firmes e retomadas interessantes, já que se sente o torque mais abundante em rotação mais baixa, características que a fazem ter bom desempenho no tráfego urbano.

Já para a utilização rodoviária a Classic 350 tem suas limitações, principalmente em autoestradas onde a velocidade permitida é de 120 km/h, afinal, essa é a velocidade máxima da Classic em condições normais. Logicamente em subidas longas ela tende a perder um pouco de velocidade, mas em descidas consegui alcançar 140 km/h no painel.

Isso não quer dizer que ela não é boa para a estrada, apenas que você tem que estar preparado para uma viagem mais tranquila, do tipo contemplativa.

Dinâmica eficiente

A ergonomia e posição de pilotagem são boas, mas nesta unidade testada alguns acessórios não se mostraram práticos. Um bom exemplo são as pedaleiras do piloto, extremamente largas que dificultaram o acionamento do câmbio e o mata-cachorro, também largo demais e, na minha, opinião bastante feio.

A ciclística da Classic 350 é bem acertada, as bengalas de 41 mm de diâmetro funcionam com bastante eficiência, transmitindo segurança a guidão e raramente chegam ao final de curso.

Os dois amortecedores também têm boa capacidade de absorção de impactos, mas principalmente oferecem boa dose de conforto, inclusive com garupa.

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Freios

O sistema de freio foi bem dimensionado e tem bom funcionamento, a ressalva vai para o tato do manete bastante borrachudo, é preciso fazer força para sentir a pegada da pinça dianteira, uma sensação que você acaba percebendo que é uma característica e se acostuma porquê o sistema tem boa potência e as frenagens acontecem de forma progressiva, sem contudo comprometer a segurança.

O sistema ABS é eficiente, mas na roda de trás ele se mostra mais intrusivo, principalmente quando a suspensão está em movimento.

A Royal Enfield Classic 350 tem uma proposta bastante clara, ser uma moto fácil de se pilotar, capaz de oferecer bom desempenho em qualquer utilização e oferecer muito estilo ao proprietário.

Uma excelente opção para novos motociclistas, para aquele que quer migrar de categorias menores ou dos scooter, ou simplesmente que quer um veículo a mais para o ir e vir.

O preço sugerido de R$ 21.490 (+ frete) é atrativo e a ampla gama de acessórios que a Royal oferece ainda pode customizá-la e torná-la tão exclusiva quanto o proprietário quiser.

Mas uma coisa também é certa: o propósito do proprietário tem que estar de acordo com as características que a moto oferece para que ele seja plenamente feliz sobre ela.

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