A marca planeja gastar US$ 250 milhões na empreitada
A Royal Enfield tem flertado com a ideia de apresentar uma motocicleta totalmente elétrica já há algum tempo. Em novembro de 2019, o então CEO Vinod Dasari confirmou a existência de um protótipo elétrico no centro tecnológico da empresa, localizado no Reino Unido. Desde então, a marca indiana tem mantido um ritmo de desenvolvimento lento e constante, reiterando essa postura em agosto de 2022.
Galeria: Royal Enfield Classic 350. Lançamento Brasil
Govindarajan teria afirmado que mudou as prioridades da empresa a fim de atender a essa linha de tempo acelerada: “Nos últimos 6 a 8 meses, fizemos investimentos em eletrificação no sentido de criação de infra-estrutura física para testes de veículos e preparação associada a tal processo. Também temos contratado talentos para nossos centros tecnológicos na Índia e no Reino Unido. Em geral, temos nos concentrado intensamente nas motos elétricas”.
Ao contrário de muitos de seus concorrentes europeus, asiáticos e americanos, a Royal Enfield não é conhecida por modelos de alto valor agregado, nem de alta cilindrada. Isso pode jogar a favor da empresa, já que as motos elétricas rivais lutam para igualar o desempenho e a autonomia de seus concorrentes de combustão interna. Ainda assim, o CEO da Royal não quer que o ritmo acelerado da marca sacrifique a qualidade do produto.
“Sendo um pioneiro na fabricação de motocicletas, é fácil para nós pegar os componentes, montá-los em algo parecido com uma moto e lançá-la no mercado só para estar à frente dos outros”, afirmou Govindarajan. “Mas gostaríamos de entender completamente as exigências do comprador neste segmento antes de lançar novos produtos. A Royal Enfield é conhecida por oferecer experiência em duas rodas, não apenas produtos isolados”. Nosso objetivo é já começar com ofertas diferenciadas de produtos eletrificados”.