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Primeiras impressões Peugeot 208 1.0 2023: Estratégia de equipe para crescer

Com o motor do Argo e equipamentos de carro premium, hatch quer honrar história do 206

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Mesmo com SUVs e mais SUVs, o mercado brasileiro ainda é dominado pelos hatches compactos em volume. Dentro do segmento, os com motores 1.0 ainda são os favoritos principalmente pelos preços, normalmente como as opções de entrada nos catálogos, e também pelas vendas diretas e aos que procuram a eficiência dos “milzinhos” aspirados. 

Depois de 16 anos, a Peugeot volta a oferecer um motor 1.0 na linha 200. Até 2006, o 206 utilizou o 1.0 16v da Renault e criou um volume para o hatch compacto, era de ouro da empresa no mercado brasileira. Com o novo Peugeot 208 1.0, dessa vez com um motor Fiat, a francesa quer voltar a estes bons tempos e, convenhamos, tem boas chances de conseguir. 

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O que é?

Agora dentro da Stellantis, a Peugeot já sente os efeitos de estar no mesmo grupo da Fiat. Depois do Partner Rapid, o 208 2023 aproveita que, na prateleira, já está o 1.0 aspirado Firelfy utilizado no Fiat Argo. Sim, mais uma vez a Peugeot utilizou o motor de outra marca, mas agora de seu grupo, para ganhar espaço de mercado e se tornar opção entre Chevrolet Onix, Hyundai HB20 e…Fiat Argo. 

A engenharia da Stellantis já trabalha nesse carro há cerca de 2 anos. Apesar de ser um motor conhecido, o Firefly precisou de mudanças para entrar no Peugeot 208 por dois motivos principais: ser uma outra plataforma e não ser um “Argo francês” para quem dirige, diferenciando os dois modelos do grupo em dirigibilidade e respostas. Pra quem achava que seria simples “só” colocar o motor ali…

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O Peugeot 208 usa a plataforma CMP, a modular que nasceu ainda na PSA e será utilizada pela Fiat/Jeep na Europa. Concebida para motores pequenos, aceitaria perfeitamente o 1.0 Firefly, de 3 cilindros, mais facilmente que recebeu o 1.6 aspirado das versões mais caras. A engenharia teve que retrabalhar o arrefecimento para o cofre menor do 208 (na comparação com o Argo) e periféricos como compressor de ar-condicionado e alternador, já que até a arquitetura eletrônica e elétrica é outra no Peugeot. 

Sistema de escape, admissão, chicotes de motor e do carro, além de coxins e semi-eixos para o câmbio Fiat, tudo teve que ser desenvolvido para o Peugeot 208. A central eletrônica, ECU, é a mesma, mas com acertos específicos, como respostas de acelerador e do motor, específicos pro Peugeot 208 e sua proposta mais dinâmica, mesmo sendo um carro 1.0. Suspensão recebeu ajustes para se adequar ao novo peso do conjunto, focado em molas e amortecedores.

Como anda?

O motor 1.0 Firefly para o 208 tem os mesmos números do Argo. São 71 cv e 10 kgfm de torque com gasolina e 75 cv e 10,7 kgfm com etanol. Com a arquitetura de 2 válvulas por cilindro e comando único com variador, já o conhecemos como um motor que vai muito bem em baixas rotações, principalmente na cidade, mas deve fôlego em altas rotações. E, sobre o Peugeot 208, sabemos que seu comportamento dinâmico é bom. Agora, junte os dois.

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Este primeiro contato foi no Autódromo de Capuava. Carro 1.0 no autódromo? Sim, também achei estranho, mas é uma pista com uma boa variação de altitude, com subidas e descidas, além de ser bem travada e estreita. Um desafio mostrar como o 208 1.0 anda em poucas voltas, mas até que funcionou bem. 

Nas curvas, o Peugeot 208 1.0 se comporta como já conhecemos do hatch. A direção elétrica é direta e a suspensão mantém o carro na trajetória mesmo nas curvas mais fechadas. O i-Cockpit, arquitetura da Peugeot com um painel de instrumentos elevado (composto por velocímetro e conta-giros analógicos e uma tela menor central com velocidade e computador de bordo) e volante de diâmetro reduzido dão uma sensação de condução que só ele possui. 

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E o motor? Por incrível que pareça, o 208 parece ter aceito ele melhor que o próprio Argo. As vibrações características dos tricilíndricos não existe tanto em marcha-lenta quanto em funcionamento. Com torque em baixas rotações, o 208 é esperto como sempre esperamos dele desde o começo e, sabendo trocar as marchas na hora certa, ganha velocidade bem para um aspirado “milzin”. Em consumo, a Peugeot fala em 10,4 km/litro (etanol) e 14,7 km/litro (gasolina) na cidade e 11,3 km/litro e 16,3 km/litro, respectivos, na estrada. Veremos isso na prática em um teste completo em breve.  

Quanto custa?

Essa foi a “surpresa”. O lançamento do 208, em 2020, nos trouxe um hatch que brigava com a relação custo/benefício. Mas e se falar que, dessa vez, temos um dos hatches 1.0 mais interessantes na relação preço e equipamentos do mercado brasileiro? Pois é, efeitos Stellantis também na hora da compra…

O Peugeot 208 1.0 é oferecido nas versões Life e Style, a novidade que andamos aqui. A Life custa R$ 72.990 e já oferece itens como 4 airbags, luzes diurnas em LEDs, sistema multimídia com tela de 10,3″ com Apple CarPlay e Android Auto sem fios, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, chave canivete e outros itens. Competitivo? Sim, mas tem mais. 

O Peugeot 208 1.0 Style é o “1.0 mais completo do segmento”. Apesar do motor aspirado, oferece itens como os faróis full-LEDs, teto-solar panorâmico, rodas de 16″, câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro e detalhes externos em preto, ou um visual presente na topo, a Griffe, mas sem o motor 1.6 aspirado. Custa R$ 79.990, enquanto seus concorrentes diretos (Hyundai HB20 Evolution 1.0, Fiat Argo Drive 1.0 e Chevrolet Onix LT com pacote opcional) estão custando entre R$ 77.790 e R$ 79.330, sem tantos equipamentos – mas com maior espaço interno e porta-malas. 

A estratégia da Peugeot de usar a Fiat para recuperar mercado deve funcionar. A Life será ainda a para as frotas, mas a Style deve atacar os clientes que chegam nas lojas com um orçamento mais curto, mas que querem um carro completo e sem visual de basicão, mas ainda com a eficiência do motor 1.0 aspirado. Uma nova receita antiga. 

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