SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (9) a criação de um aplicativo de corrida público e municipal com motoristas autônomos, com a intenção de concorrer com Uber e 99. O MobizapSP já está disponível nas lojas virtuais para celulares que usam sistemas Google e Apple, mas ainda não há previsão de quando será possível realizar as viagens.
Será necessário aguardar que a plataforma tenha um número mínimo de 10 mil a 12 mil motoristas para entrar em funcionamento, segundo a gestão municipal.
Agora, a promessa da gestão Ricardo Nunes (MDB) é de que o MobizapSP ofereça uma remuneração maior aos motoristas autônomos em relação às maiores empresas do ramo. A taxa de administração cobrada para operar a plataforma é de 10,95%, ou seja, o motorista deve receber 89,05% do valor pago pelo passageiro.
Em aplicativos particulares, a taxa de administração varia entre 40% e 60%, de acordo com o tipo de corrida e a empresa.
Apesar de ter alardeado o foco na segurança de motoristas e passageiros, instalando um “botão do pânico” no app, não há previsão para que usuários sejam penalizados, suspensos ou banidos se houver uma situação de perigo durante as corridas.
O MobizapSP também não tem taxa de cancelamento e não há definição de uma taxa mínima de remuneração dos motoristas.
“Não traga o problema de outra plataforma para tratar aqui”, respondeu o vereador à pergunta de um motorista autônomo que questionou sobre suspensão de usuários. “Há pessoas que mentem para não ter que pagar pela corrida”, afirmou.
Ele também diz que o novo app não terá o problema de falta de adesão do SPTáxi porque a remuneração e a tarifa agora são mais atrativas.
Por ser um serviço municipal, todas as corridas no app partirão de São Paulo, mas poderão ter como destino outras cidades. Motoristas que moram em outros municípios ou que tenham carros registrados fora da capital poderão se cadastrar no aplicativo.
O secretário municipal de Mobilidade e Trânsito, Ricardo Teixeira, diz que a criação do aplicativo não teve nenhum custo para o município.
Um consórcio formado por quatro empresas de tecnologia ficou responsável pelo desenvolvimento da plataforma e toda a remuneração da taxa de administração deve ser destinada às empresas.
Houve uma licitação em julho do ano passado para selecionar a empresa que opera o serviço. A regra da concorrência foi entregar o contrato a quem oferecesse a menor percentual de cobrança em relação às tarifas. O Consórcio C3, que saiu vencedor, foi o único concorrente.